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R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 16, n. 63 (Edição Especial), p. 38 - 45, out. - dez. 2013
Falou-se aqui da descriminalização em Portugal, mas alguém me
perguntou: “Jorge, o que colocar no lugar enquanto isso não se resolve?”
Enquanto isso não se resolve, a gente tem muitas pessoas que, com cer-
teza – algumas que já acreditavam que o modelo está falido, do ponto de
vista do “povão’ –, vão ter mais argumentos em função do que já foi fala-
do aqui pela Dra. Karam, Dr. Nilo e todas as pessoas que me antecederam.
As pessoas já vão tendo mais informação, não só para se posicionar, mas
também para argumentar e convencer outras pessoas.
O que colocar no lugar? Eu, Jorge da Silva, prefiro o seguinte: uma
combinação de educação, família e tratamento para quem quiser.
Muito obrigado.
- Inspetor Francisco Chao de La Torre:
Eu mais uma vez no papel de proibicionista, e agravado pelo fato
de que tive que dar o cartão vermelho para uma referência minha, meu
professor na pós-graduação de Segurança Pública da Universidade Fede-
ral Fluminense.
Mas, professor, se no seu
blog
o senhor tem recebido algumas pe-
quenas críticas, eu comecei a fazer parte dessas discussões a convite do
meu amigo, Delegado Orlando Zaconne, que me apresentou à Dra. Maria
Lucia Karam, há cerca de dois anos. Semana passada, nós tivemos um
evento na Academia de Polícia Civil e aí se publicizou que o Inspetor Chao
é a favor da legalização das drogas. E aí, professor, se o senhor recebeu
críticas, eu tenho ouvido o seguinte: “Chao, você depois de velho come-
çou a fumar maconha?”
Com isso, eu passo a palavra ao Dr. Salo de Carvalho que vai nos
falar sobre as leis de drogas, quebra de paradigmas, assunto até muito
atinente com esse momento legislativo em que a gente vive em que se
quer modificar a lei de drogas para aumentar a pena do traficante. Enfim,
Dr. Salo, muito obrigado, a palavra é sua.