R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 16, n. 63 (Edição Especial), p. 46 - 69, out. - dez. 2013
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- Inspetor Francisco Chao de La Torre:
Dr. Salo, obrigado por me poupar do papel de proibicionista. A
mesa recebeu perguntas aos debatedores. São várias perguntas, que por
economia de tempo, eu vou separar. Não recebi perguntas para o Dr. Salo,
naturalmente, porque ele falou por último. Mas vou separar uma pergun-
ta para o Dr. Rubens e outra para o Dr. Jorge.
Por escolha aleatória, Dr. Jorge e Dr. Rubens. As demais perguntas
serão respondidas pelos debatedores via e-mail de contato. Queria lem-
brar aos participantes que nós, na parte da tarde, temos uma agenda. Nós
temos a próxima mesa, cuja coordenação é imensamente superior à mi-
nha, porque vai caber à minha colega, Inspetora de Polícia Marina Lattavo,
além de muito mais simpática do que eu, muito bonita.
Teremos Dr. Dartiu Xavier, Economista Ronald Lobato e Professora
Gilberta Acselrad e, após, a mesa final, a mesa de encerramento, coor-
denada pelo Delegado Orlando Zaccone D’Elia Filho, com as palestras da
Professora Vera Malaguti e Ministro Eugenio Raúl Zaffaroni.
Podemos passar para as perguntas então?
- Professor Jorge da Silva:
Antes de responder eu gostaria de acrescentar um dado que eu
acho muito importante, sobre a participação do Presidente Calderón no
México. Depois de tudo aquilo que fez, aquele desastre do emprego das
forças armadas, ele vai aos Estados Unidos e, no Congresso, ele reclama
do fato de a guerra entre as forças armadas e os cartéis de drogas estar se
travando com armas, em sua maioria, procedentes dos Estados Unidos.
Então você tem no México forças armadas com armas contrabandeadas
dos Estados Unidos nas mãos dos traficantes e nas mãos do Exército. No-
venta por cento, segundo ele.
Outro dado. Aqui alguém sabe quantas lojas, na fronteira dos Es-
tados Unidos com o México, estão autorizadas a vender armas de fogo,
inclusive armas automáticas? Alguém calcula? Essas armas são vendidas
nos Estados Unidos sem problema. Na fronteira do México, quantas lojas?
Palavras do Presidente Calderón: sete mil. Sete mil lojas estão autorizadas
a vender armas na fronteira com o México. Logo, a gente começa a perce-
ber, como foi colocado pelo Dr. Nilo, que se a guerra acabar, “neguinho”
vai deixar de vender arma.