Background Image
Previous Page  344 / 554 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 344 / 554 Next Page
Page Background

u

SÚMULAS

u

u

Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 22, p. 177-551, 1º sem. 2015

u

344

Esta alteração da norma processual acima indicada reflete a posição

que já vinha se firmando no Colendo STJ, ainda sob a égide da redação pri-

mitiva do artigo 280, inciso I do CPC, conforme se verifica pela v. ementa

abaixo transcrita:

PROCESSO CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. INTERVENÇÃO DE TER-

CEIRO. RITO SUMÁRIO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. SEGURADORA.

POSSIBILIDADE. ART. 280, CPC. LEI N. 10.444/2002. EMBARGOS

DE DIVERGÊNCIA PROVIDOS. I - Em interpretação teleológica,

mesmo antes da vigência da Lei n. 10.444/2002, que alterou a

redação do art. 280, CPC, já se mostrava admissível, no procedi-

mento sumário, a intervenção de terceiro fundada em contrato

de seguro. II - Com a vigência da nova lei, não há mais dúvida a

respeito do tema.

(EREsp 299084 / RJ, Rel. Min. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA,

SEGUNDA SEÇÃO, DJ 06/10/2003 p. 201).

Este Egrégio Tribunal de Justiça, na mesma linha do entendimento

que restou consolidado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, admite

o chamamento ao processo da seguradora pelo fornecedor nas ações fun-

dadas em relação de consumo.

A propósito, vale ressaltar que o Enunciado nº 07 do Encontro de De-

sembargadores das Câmaras Cíveis deste preclaro Tribunal de Justiça, pu-

blicado no Aviso TJ/RJ nº 94/2010, já se posicionava neste sentido,

verbis

:

“Admissível chamamento ao processo da seguradora pelo for-

necedor nas ações fundadas em relação de consumo”.

Assim sendo, constata-se que o legislador, através do chamamento

ao processo, objetivou conferir ao autor consumidor e, por isso, presumi-

velmente hipossuficiente, uma maior garantia, visando tornar efetivo o di-

reito material postulado.