Background Image
Previous Page  147 / 554 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 147 / 554 Next Page
Page Background

u

DECISÕES

u

u

Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 22, p. 123-159, 1º sem. 2015

u

147

SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO. PRESTAÇÃO PARCIAL –

PROVIMENTO.

(TJERJ. PROCESSO Nº 0416044-07.2012.8.19.0001. RELA-

TORA: JUÍZA LUCIA MOTHÉ GLIOCHE. JULGADO EM 26 DE FEVEREIRO

DE 2015)

QUARTA TURMA RECURSAL CÍVEL

VOTO

O presente recurso discute a legalidade da cobrança de tarifas de es-

goto efetuada pela parte ré, em relação ao serviço de tratamento de esgo-

to prestado para a parte autora.

Não há dúvida, por ser fato notório, de que o serviço na região men-

cionada na inicial é cobrado pela parte ré e que o esgoto recolhido não re-

cebe pela mesma o tratamento adequado dos dejetos sólidos, por meio de

estação de tratamento ou outra via de natureza séptica, sendo efetuado

o escoamento pela rede pluvial. Por esses fundamentos, as preliminares

suscitadas pela parte ré/recorrente são afastadas.

No mérito, merece reforma a sentença prolatada. Nos termos do art.

3º da Lei 11.445/07 e do art. 9º do Decreto 7.217/10 que a regulamentou,

uma vez que a parte ré realiza a coleta dos dejetos, seu transporte e es-

coamento, há prestação de serviço. Ainda que a parte ré não promova o

tratamento sanitário dos dejetos, antes do deságue, presta serviço e, uma

vez que a parte autora usa o mesmo – que é oneroso – está justificada a

cobrança da tarifa.

Nestes termos, o julgado do Superior Tribunal de Justiça pelo Minis-

tro FRANCISCO FALCÃO, da 1ª Turma, no REsp 1313680, publicado no DJe

em 29/06/2012:

“SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO. PRESTAÇÃO PARCIAL.

INEXISTÊNCIA DE TRATAMENTO DE ESGOTO. TARIFA. LEGALIDA-

DE DA COBRANÇA. I - Cinge-se a controvérsia na legalidade da

cobrança pela prestação de esgotamento sanitário, na hipóte-