Background Image
Previous Page  166 / 218 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 166 / 218 Next Page
Page Background

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 76, p. 165 - 181, out. - dez. 2016

166

como indispensable para el futuro. Empero, el tiempo de su realización to-

davía en todos los puntos con su función vinculada al Estado de Derecho y

sus funciones político-sociales, que abarcan desde combatir el delito hasta

la resocialización del delicuente, serán pronto todavía más completas que

lo que han sido hasta ahora. Si se puede brindar con franqueza, no sólo

por el pasado, sino también por el futuro de quien cumple años, ello es una

razón para el júbilo. Tal razón existe hoy

.” (ROXIN, 2000, p. 57).

Nada obstante ser uma instituição secular, com razão parece-nos

Julio Maier ao afirmar que “

la institución no parece haber alcanzado su

mayoría de edad, mucho menos entre nosostros: por ello me he permitido

titular su historia como la de un adolescente

.” (MAIER, 2000, p. 35).

Para a defesa eficaz e destemida dos direitos humanos é fundamen-

tal que o Ministério Público tenha absoluta independência em relação às

demais esferas de Poder, obviamente tendo sempre algum mecanismo de

controle externo, mais eficaz, inclusive, do que o Conselho Nacional do

Ministério Público, cujos integrantes, em sua maioria, compõem a própria

Instituição (!). Não nos evidencia republicana e democraticamente salutar

que se exerça alguma parcela de poder sem um inafastável controle de

natureza “extramuros”, já que o controle interno é, verdadeiramente, um

“não controle”, por sua própria natureza.

Aliás, sobre a independência do Ministério Público no sistema ju-

rídico italiano (cuja carreira coincide com a da Magistratura), Carlo Guar-

nieri, afirma “

che a grandi linee caratterizza tutti i principali regimi liberal-

democatici, sembrano essere proprio quelle, da un lato, di evitare indebite

interferenze da parte dell´ambiente politico sull`esercizio delle funzioni

d´accusa - sopratutto nei singoli casi - e, dall`altro, di creare dei mecca-

nismi - che potremmo definire di regolazione istituzionale - in grado di in-

fluenzare in generale la politica penale degli uffici del pubblico ministero e

di farlo fungere così da contrappeso nei confronti di giudici politicamente

indipendenti

.” (GUARNIERI, 1984, p. 179)

Mas, se hoje temos um Ministério Público “relativamente” inde-

pendente (pois é discutível a forma de escolha da chefia institucional) por

força dos dispositivos constitucionais acima referidos, o certo é que nem

sempre foi assim.

Com efeito, até 1988, o Ministério Público brasileiro não tinha in-

dependência e autonomia, seja do ponto de vista institucional, seja do

ponto de vista da atuação dos seus membros.