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R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 74, p. 135 - 139. 2016

135

Privatização Através do

Franchising

Luiz Felizardo Barroso

Advogado titular da Advocacia Felizardo Barroso &

Associados. Presidente da Cobrart Gestão de Ativos

e Part. Ltda e Presidente do Conselho Empresarial de

Franchising da ACRJ.

Segundo informações prestadas por um alto funcionário do

BNDES

,

em recente Seminário Internacional sobre

PRIVATIZAÇÃO ATRAVÉS DO

FRANCHISING

, realizado em São Paulo, o sucesso do programa de priva-

tização em um regime democrático está na razão direta da formação de

uma corrente de opinião pública a ele favorável.

Todos sabemos que o sustentáculo de uma nação é a sua classe

média, em seus diversos patamares: média/baixa, média/média e média/

alta. Classe média, esta constituída por estudantes, funcionários públicos,

donas de casa, bancários, securitários, profissionais liberais, micros, pe-

quenos e médios empresários, estejam ou não operando à luz da legisla-

ção comercial e tributária.

Quem quer que queira o apoio de opinião pública - principalmente

os Governos em seus planos de mudanças estruturais - terá que formar

e ter ao seu lado, uma corrente de opinião que lhe seja favorável, junto à

classe média, ou não chegará a lugar nenhum.

Ora, é da essência da franquia empresarial a capilaridade, isto é, a

distribuição de investimentos e operações comerciais ou de serviços em

um amplo espectro do território, valendo-se de empresas já existentes

ou da criação de outras de micro, pequeno e médio porte; classe média

empresarial, esta constituída a partir de um contingente formado por es-

tudantes, aposentados, donas de casa, profissionais liberais e outros que

resolveram ingressar na senda dos negócios.

Este raciocínio nos conduz à conclusão lógica de que a privatização,

para disseminação de seu conceito básico - afastamento, em definitivo,

do Estado de suas funções não estruturais (que nada têm a ver com seu