

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 54 - 62, jan - fev. 2015
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nitor tem quando o filho quer seguir seu caminho. O pai neurótico não
percebe que a liberdade do filho é sua maturidade enquanto ser e tem
que isso representa repúdio a ele (pai). Parece que não suporta que o fi-
lho caminhe sozinho, enquanto o pai-democrata percebe que ganhou um
parceiro da caminhada, um igual que contribui para o avanço do direito.
Como a maioria encontra-se (e parece sem condições de sair dali)
na fase da infância, fácil é perceber como a jurisprudência emergente do
pai tem cunho de dogma e é entorpecedora da criatividade. Daí porque
não se concorda com Carlos Maximiliano quando diz que o julgador copia
acórdão pela “lei do menor esforço”, entendo que o motivo é outro:
agra-
dar o órgão censor/pai.