Background Image
Previous Page  62 / 204 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 62 / 204 Next Page
Page Background

u

DECISÕES

u

u

Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 26, p. 59-179, 2º sem. 2016

u

62

SÃO. RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO. PARTE RÉ QUE

NÃO OFERECE A POSSIBILIDADE DE MIGRAÇÃO PARA PLA-

NO INDIVIDUAL, NA FORMA DO ART. 1º DA RESOLUÇÃO Nº

19/99 DO CONSELHO DE SAÚDE SUPLEMENTAR E DOS ARTS.

13 A 15 DA RESOLUÇÃO Nº 254 DA ANS. OPERADORA QUE

DEVE POSSIBILITAR A INCLUSÃO DA AUTORA EM PLANO

INDIVIDUAL OU FAMILIAR, SEM CUMPRIMENTO DE PRAZO

DE CARÊNCIA E COM VALORES COMPATÍVEIS COM AQUELES

COBRADOS NO PLANO COLETIVO. NA IMPOSSIBILIDADE,

DEVERÁ MANTER A AUTORA NO PLANO COLETIVO. DANOS

MORAIS CONFIGURADOS. VERBA INDENIZATÓRIA ARBI-

TRADA EM R$ 3.000,00 QUE MERECE MAJORAÇÃO PARA R$

5.000,00, O QUE ATENDE AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILI-

DADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO DA RÉ A QUE SE

NEGA PROVIMENTO. RECURSO DA AUTORA A QUE SE DÁ

PROVIMENTO. 0001974-19.2015.8.19.0042 - APELAÇÃO - DES.

SANDRA CARDINALI - Julgamento: 18/02/2016 - VIGÉSIMA

SEXTA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR.”

Quanto à questão afeta à responsabilidade civil, o fato de se tratar de

um plano de saúde coletivo não exime a responsabilidade da Y, pois nes-

te casos incidiria a responsabilidade solidária disciplinada no art. 7º da Lei

8.078/90, até mesmo porque pela teoria da aparência, nota-se no contrato

a emissão da logomarca da Y. Cito, por oportuno, trecho das assertivas

do Ministro Luis Felipe Salomão no REsp 997993/MG/Quarta turma/DJe

06/08/2012:

´(...) 3. Assim, a solução da controvérsia deve partir da prin-

cipiologia do Código de Defesa do Consumidor fundada na

solidariedade de todos aqueles que participam da cadeia de

produção ou da prestação de serviços. Para a responsabiliza-

ção de todos os integrantes da cadeia de consumo, apura-se a

responsabilidade de um deles, objetiva ou decorrente de cul-

pa, caso se verifiquem as hipóteses autorizadoras previstas

no CDC. A responsabilidade dos demais integrantes da cadeia

de consumo, todavia, não decorre de seu agir culposo ou de

fato próprio, mas de uma imputação legal de responsabili-

dade que é servil ao propósito protetivo do sistema.(...)´No