

u
DECISÕES
u
u
Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 26, p. 59-179, 2º sem. 2016
u
134
ATROPELAMENTO NO ESTACIONAMENTO DO RÉU, POR VEÍCULO
QUE ADENTROU O LOCAL EM VELOCIDADE INAPROPRIADA - AUTO-
RA NÃO COMPROVOU MINIMAMENTE O OCORRIDO - IMPROCEDÊN-
CIA.
(TJERJ. RECURSO Nº: 0002672-69.2016.8.19.0210. RELATOR: JOANA
CARDIA JARDIM CÔRTES. JULGADO EM 09 DE JUNHO DE 2016)
5ª TURMA RECURSAL
Voto da Relatora
Nos termos do art. 1.013 do NCPC, passo a análise do mérito. E, neste
contexto, entendo pela reforma da sentença nos termos do voto abaixo
delineado.
Trata-se de recurso inominado em face da sentença que julgou pro-
cedente o pedido autoral, condenando o recorrente ao pagamento de in-
denização por danos morais no valor de R$4.000,00.
Alega a autora que, em 20/11/2015, foi atropelada no estacionamen-
to do réu, por veículo que adentrou o local em velocidade inapropriada.
Conta que fraturou o tornozelo, e que o réu, apesar de possuir sistema
de câmeras de segurança, não prestou qualquer assistência, tendo sido a
autora socorrida por outro cliente que a levou para casa, sendo que, de
lá, foi levada a um hospital. Afirma que solicitou as filmagens ao réu, que,
de início, não admitiu o acidente, mas depois reconheceu que as câmeras
haviam captado o ocorrido e informou o número da placa do automóvel à
autora. Relata que, após insistir por algum tipo de auxílio, o réu forneceu
um táxi à autora em 05/01/2016 para transportá-la ao hospital para a re-
moção do gesso. Afirma que solicitou que o réu arcasse com suas sessões
de fisioterapia, mas não houve resposta. O réu, em contrapartida, afirma
que não reconhece o acidente.
No caso, ouso divergir da ilustre magistrada sentenciante.
Isto porque a autora não comprovou minimamente o ocorrido,
juntando apenas um registro de ocorrência datado de 24 dias após o
suposto evento. Naquele documento, a autora afirma que alguém teria