

u
Decisões
u
TJRJ
u
u
Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 23, p. 107-158, 2º sem. 2015
u
147
Informou que pôde ouvir o denunciado gritando, para “arrancar” o
telefone da vítima.
Aduziu que, “de repente” o telefone ficou “mudo”, como se estives-
se desligado.
Narrou que telefonou para a polícia e contou o ocorrido, pedindo auxílio.
Afirmou que a vítima retornou a ligação, dizendo “
mãe, ele disse que
vai fugir comminha menina
”, “
ele pegou uma faca e disse que vai matar você
e meu pai quando chegarem aqui
”.
Informou que o acusado gritava, falando em inglês.
Aduziu que a vítima disse “
mãe, ele está puxando o meu cabelo, está
me batendo, está tentando me estrangular
”.
Informou que, apesar de o denunciado encerrar as ligações, a vítima
conseguia retorná-las.
Narrou que, em uma das ligações, ouviu a vítima dizer “
você não vai
quebrar, porque esse telefone é da minha mãe
”.
Afirmou que foi até à casa de sua filha, na companhia de seu marido.
Informou que, em todas as ligações feitas pela vítima, a mesma dizia
que o denunciado estava com uma faca e que a mataria.
Narrou que, da maneira que o acusado gritava no momento das liga-
ções realizadas por sua filha, bem como pelos barulhos de agressão que
escutava, com certeza pode afirmar que o acusado ameaçou a ofendida
durante as agressões.
Aduziu que, quando entrou no apartamento do casal, na companhia
dos policiais, avistou o acusado sentado, próximo à janela, com a criança
em seus braços.
Narrou que a faca estava em cima da pia.
Afirmou que o denunciado não a deixou pegar a bebê no colo, afir-
mando “é meu bebê”.
Aduziu que, na Turquia, em momentos anteriores aos fatos descritos
na denúncia, presenciou várias agressões verbais feitas pelo acusado em