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Decisões
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TJRJ
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Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 23, p. 107-158, 2º sem. 2015
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Afirmou que, nesse momento, já tinha telefonado para a polícia e
para os seus pais.
Aduziu que o acusado pegou a menor no colo e a agarrou, de forma que
ela “funcionasse” como um “escudo” para que nada fosse feito contra ele.
Narrou que, durante todo o tempo em que foi agredida pelo denun-
ciado, e mesmo após as agressões, o réu disse “
nem que eu tenha que ma-
tar você, o seu pai, a sua mãe, a sua família, mas vocês não vão ficar com ela
”.
Informou que não houve briga entre o casal emmomento anterior às
agressões no dia dos fatos.
Afirmou que, em virtude das agressões sofridas, ficou com afunda-
mento no osso nasal, em decorrência do soco, bem como com hematomas
em várias partes do corpo.
Aduziu que, quando o acusado proferiu as ameaças, o mesmo estava
consciente do que estava dizendo.
Informou que, cerca um mês antes dos fatos descritos na denúncia,
quando estavam na Turquia, foi agredida pelo denunciado, sendo certo
que, nessa oportunidade, ficou “destroçada” em virtude das agressões,
tendo enviado fotos para sua mãe, por e-mail, das lesões sofridas.
Afirmou também que foi agredida pelo denunciado, em outra oportu-
nidade, quando estava grávida.
No que concerne ao relacionamento com o acusado, a vítima infor-
mou que, após o seu casamento na Turquia, foi “torturada mentalmente”
pelo denunciado, bem como por sua família, que não a deixava se comu-
nicar com qualquer outra pessoa, e ainda, impedia que desse os cuidados
necessários a sua filha, recém-nascida.
A informante de acusação, Sra. Y, mãe da vítima, em seu depoimento
prestado em Juízo, afirmou que, no dia dos fatos, a ofendida lhe telefonou,
por volta das 13 horas, aos prantos, dizendo “
mãe ele me bateu de novo, ele
me bateu de novo
”.