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Decisões
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TJRJ
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Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 23, p. 107-158, 2º sem. 2015
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Informou que, nesse momento, “mandou um beijinho” para sua filha
e fez um sinal com as mãos de que voltaria mais tarde.
Aduziu que, do cômodo em que o denunciado estava, o mesmo “en-
tendeu” que o sinal feito pela vítima fosse o da cruz.
Narrou que, quando entrou no banheiro, o denunciado a seguiu, mo-
mento em que, “com toda violência”, desferiu-lhe um soco em sua face,
seguido de tapas.
Afirmou que disse ao réu “
está maluco
?”, tendo este dito que viu
quando a vítima fez o sinal da cruz para a filha em comum do casal.
Informou que disse ao denunciado que não tinha feito o sinal da cruz,
sendo certo que, nesse instante, a menor começou a chorar, tendo a víti-
ma ido em direção da criança para pegá-la, porém, sendo impedida pelo
denunciado, que a chutou contra a porta, jogando-a ao solo.
Aduziu que o réu tentou estrangulá-la, e ainda, que lhe desferiu pu-
xões de cabelo, jogando-a novamente ao solo e chutando-a no chão.
Narrou que tentou pegar o telefone celular, enquanto o denunciado
a agredia, para telefonar para sua mãe, momento em que o réu “arrancou”
o celular de sua mão, dizendo “
o que você está fazendo, eu vou quebrar esse
telefone
” e a agrediu fisicamente ainda mais.
Afirmou que disse que ele não ia “quebrar” o telefone, porque o apa-
relho era da sua mãe.
Informou que tentou tirar o telefone das mãos do acusado, sendo
certo que logrou êxito e ligou para sua mãe.
Narrou que o acusado, quando percebeu que a vítima ia tomar uma
“atitude”, pediu perdão, sendo certo que a ofendida disse que não o perdo-
aria, porque era a terceira vez que o denunciado a agredia e pedia perdão.
Aduziu que o réu foi até a cozinha, fez um “barulho”, retornou e ten-
tou pegar a sua filha que estava no carrinho.
Informou que, no momento em que o acusado se abaixou para pegar
a criança, puxou a faca que estava na sua cintura.