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TRANSCRIÇões

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Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 22, p. 11-89, 1º sem. 2015

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confiança em fazer um acesso pela internet e comprar lá fora um produto

do que comprar numa empresa brasileira que, também, já está sendo de-

mandada judicialmente.

Então, assim, eu só quis trazer essa reflexão para outros encontros,

para que possamos pensar a respeito porque, realmente, os números são

muito assustadores. Agora, também, tem-se que pensar o seguinte: quem

elabora as metas, será que algum dia e esteve lá como serventuário, parte,

Juiz leigo, Juiz togado, advogado? As pessoas não raciocinam isso. Então,

eu só queria trazer isso para reflexão.

Dr. Antônio Aurélio

– Ou, talvez provocar o próprio Executivo para

criar normas mais rígidas, mais firmes para dar uma resposta social. Eu só

queria pegar o seu gancho, Ana, para dizer uma coisa; nada é mais demo-

crático do que o Juizado. Eu considero o Juizado um negócio formidável,

eu não me sinto e nunca me senti, trabalhando em algum lugar menor, por

isso. Ao contrário, eu entedo que ali a gente dá, de fato, uma resposta po-

sitiva. Em 2010, era 51% de tudo que entrava no Tribunal, 52%, 55%, 53%. Eu

só queria reafirmar o meu orgulho muito grande de trabalhar no Juizado.

Des. Ana Maria

– Quando eu fui promovida (e ainda se fazia discurso,

hoje em dia aboliram o discurso na solenidade de posse), eu disse o seguin-

te: eu me orgulhava muito de pertencer a uma geração de magistrados

que teve oportunidade de trabalhar em Juizado Especial. Porque hoje essa

geração está chegando ao Tribunal.

E eu queria, ainda, registrar a presença de um outro magistrado que

está na plateia, o Dr. Alexandre Correa Leite, e dizer, para finalizar a minha

intervenção, o Antônio fez uma homenagem justíssima à Eduarda, que é

uma queridíssima colega e amiga, uma maravilhosa magistrada e a pales-

tra do Antônio me fez lembrar de uma outra magistrada, que para vencer

a quantidade de processos, Teresa Andrade, lá em Campos, e que hoje,

infelizmente, também é falecida, que nessas demandas múltiplas, tipo tari-

fa bancária, ela, na verdade, reunia as partes num auditório e separava os

processos por tipo de situação que estava sendo discutida e então ela dizia

qual ia ser a decisão em cada processo, em cada tese que estava sendo

desenvolvida ali, falando com as pessoas todas ao mesmo tempo. Fazia a