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TRANSCRIÇões

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Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 22, p. 11-89, 1º sem. 2015

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lham culturalmente commuito afinco, porque existe um comprometimen-

to social em torno da questão. O que tem-se que abrir mão, de uma vez

por todas, é da nossa figura colonial do rei. Fomos colonizados pelos bra-

vos portugueses mas eles trouxeram a referência Coroa; se aqui tinha que

pedir a permissão aos portugueses para poder decidir a compra e venda

das casas, para fazer qualquer transação e, herdou-se isso, culturalmente,

que está enraizado em nós e, hoje, procura-se o rei, onde? Procura-se o

rei, aqui. As nossas respostas todas vêm daqui. Eu não quero tentar uma

outra via, porque eu tenho que vir para Justiça. O caminho pode ser outro.

Eu sonho, ainda, o dia em que as grandes empresas tenham Câmara de

mediação.

Des. Ana Maria

– Entendo que elas (grandes empresas) precisam co-

meçar com serviços de atendimento ao cliente que funcione. Liga-se para

algumas empresas, porque estamos no Rio de Janeiro, falando com al-

guém que mora no Ceará, no Recife, que não sabe como é nem a geografia

do Rio de Janeiro para saber a solução de um problema. Quando tem-se

a sorte de conseguir contar a história até o final da ligação sem que caia,

é ótimo, porque se ligarmos de novo, vai cair com o outro atendente que

está no Rio Grande do Sul, e o mais interessante, é que – eu não sei se a

doutora já passou por isso – algumas vezes eu disse assim: mas, o senhor

não está conseguindo resolver o meu problema, com quem eu posso falar

acima do senhor? E o atendente responde: Ah, não pode. Então eu penso

assim: Meu Deus, qualquer pessoa pode bater no meu gabinete e vai ser

atendida ou, enfim, vai ter o acesso, vai chegar ali e me encontrar.Eu não

consigo falar com o supervisor da pessoa que está ao telefone falando co-

migo?! Então, você consegue falar com o Ministro do Supremo, do STJ,

todas as segundas, que eles atendem.

Dr. Mário Olinto

– Tem coisas curiosas, nessa época da internet, como

por exemplo, deveria ter uma regulamentação, até legislativa, não sei se

a conta evoluiu, de que com a mesma facilidade que você pode contratar,

você deveria poder se livrar do produto, não é? Isso não ocorre, porque

você tem que falar com o Eduardo, atendente virtual da Telemar, 45 minu-

tos, o ouvido fica “quente” e aí cai o telefonema.