Background Image
Previous Page  327 / 338 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 327 / 338 Next Page
Page Background

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 20, n. 78, p. 318 - 334, Janeiro/Abril 2017

327

Na referida pesquisa, relata o Instituto que a inclusão digital foi promo-

vida pela adoção do telefone celular como aparelho preferencial para navegar.

Segundo Possolli e colaboradores, o crescimento do uso de redes so-

ciais virtuais tem sido exponencial no Brasil. São cerca de oitenta milhões

de brasileiros com contas ativas em Social Networking Sites como Facebook,

Instagram, Twitter, Tumblr e Flickr.

12

Associado ao fato estatístico que demonstra o uso de aparelhos por-

táteis para a utilização da internet e uso de

redes sociais

, a classe relacionada

à área da saúde, principalmente a geração nascida após o ano de 1980 vem

enfrentando, por ser considerada mais tecnológica no sentido digital, uma

corrida desenfreada pela autopromoção, tanto do ponto de vista particular

quanto do ponto de vista profissional.

A

geração selfie

, que se conecta em qualquer lugar e a qualquer hora e,

diga-se de passagem, sem qualquer hesitação, vem gerando profundas trans-

formações no relacionamento interpessoal e trazendo uma preocupação a

mais nas instituições de ensino relacionadas à área da saúde.

As faculdades têm realizado campanhas educativas em conjunto com

os Conselhos profissionais visando reprimir esse desejo, quase que incontro-

lável e viciante, de autopromoção e recebimentos de

curtidas

e bonequinhos

de

emoticons

.

Os Conselhos profissionais foram obrigados a redigir regramen-

tos normativos, por meio de resoluções, além do que já prescreviam os

Codexes

Éticos, para tentar, por meio de punições disciplinares por falta

de decoro profissional, reprimir tamanha necessidade insensata e porque

não dizer, insólita.

Para conferir o alegado acima, basta qualquer pessoa conectar-se às

redes sociais e a alguns sites para se deparar com fotos de casos concretos

sendo discutidos no Facebook, Instagram, Grupos de Whats App e correla-

tos. Encontram-se, nestes sítios, as mais diversas imagens de pacientes sendo

atendidos, fotos de antes e depois, discussões acaloradas e até mesmo des-

respeitosas de profissionais falando sobre um determinado tratamento ou

diagnóstico que entendem estar equivocado.

Tudo de forma aberta ao público e sem qualquer filtragem ou respeito

ao paciente, a terceiros, ou ao seu colega de profissão.

12 POSSOLI, Gabriela Eyng, NASCIMENTO, Gabriel Lincon do, SILVA, Juliana Ollé Mendes da. A Utilização do

Facebook no Contexto Acadêmico: o Perfil de Utilização e as Contribuições Pedagógicas e para Educação em Saúde.

RENOTE

. 2015; volume13, n.º 1.