

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 20, n. 78, p. 318 - 334, Janeiro/Abril 2017
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utilizadas para fins de educação da população e como meio de interação
social entre profissionais da área da saúde, seus pacientes, e seus potenciais
pacientes, visto a magnitude do seu alcance.
Não se deve execrar tal meio de comunicação ou achar que a internet
ou as
mídias e redes sociais
são uma caixa de Pandora.
O que se quer, na verdade, é a conscientização profissional, a obedi-
ência à normatização jurídica e ética e, mormente, o respeito à dignidade
do paciente.
A publicidade, o marketing e a
promoção
pessoal e profissional, tam-
bém, podem ser feitas desde que em consonância com a legislação vigente.
Nessas situações é sempre prudente o profissional interessado consi-
derar o contexto ético e legal relacionado com a especificidade de cada situ-
ação e com as circunstâncias em que esta prática será executada, no sentido
de estar proporcionando uma ação realmente útil e necessária aos seus pa-
cientes e ao bem-estar societário, em consonância com o respeito aos direitos
humanos universais.
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Como tudo que é novo, não se tem até o presente momento a real
dimensão dos efeitos adversos e da nocividade por vir desses atos reprováveis
e os impactos a médio e a longo prazo na vida pessoal e na reputação desses
profissionais que desrespeitaram tal regramento basilar, pois as mídias e re-
des sociais permitem compartilhamento sem qualquer controle.
4 – Considerações Finais
“O que sei por confissão, sei-o menos do que aquilo que nunca
soube.” (Santo Agostinho)
Assim como um caçador ao se perguntar se a movimentação repenti-
na de um arbusto significa a presença de uma presa ou de um ser humano,
a dúvida nesses casos, deve ser sempre retentora do agir. A ignorância, a
dúvida e a impossibilidade de se vislumbrar o objeto que fez com que o
arbusto se movimentasse deve reter qualquer iniciativa ou impulso de abater
a possível presa, mesmo quando se é conhecedor de que aquele local é pouso
de várias espécies.
16 MARTORELL, Leandro Brambilla, NASCIMENTO, Wanderson Flor do, GARRAFA, Volnei.
Redes sociais, privacidade,
confidencialidade e ética: a exposição de imagens de pacientes no facebook
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