

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 20, n. 77, p. 211 - 233, Janeiro 2017
217
em 48% dos casos nas mortes de mulheres (MAPA DA VIOLÊNCIA,
2015:39). O Estado do Rio de Janeiro já ocupou a quarta posição
dentre as unidades federativas com maior número de morte de mu-
lheres (6,8 mulheres mortas a cada 100 mil habitantes), ficando atrás
somente de Espírito Santo (8,6), Rondônia (7,2) e Mato Grosso (7,0).
No entanto, apesar da redução no percentual de mulheres mortas –
de 6,8 em 2003 para 4,5 em 2013 a cada 100 mil habitantes – a média
de homicídio de mulheres é semelhante à nacional (de 4,8) (MAPA
DA VIOLÊNCIA, 2015:14-15).
2.1.3 Contexto da violência
O terceiro aspecto importante do mapeamento da violência
doméstica no âmbito do Projeto Violeta é a relação afetiva entre ví-
tima e agressor. Nesta pesquisa, a maior parte das agressões foi pro-
veniente dos ex-companheiros (36%) e companheiros (19%), seguida
por ex-namorado (13%), marido (11%), ex-marido (6%), filho (4%),
irmão (4%) e outros familiares (4%).
O levantamento realizado pelo Mapa da Violência (2015) das
agressões (não somente em ambiente doméstico) sofridas por mulhe-
res e atendidas pelo SUS revela que “para as jovens e as adultas, de
18 a 59 anos de idade, o agressor principal é o parceiro ou ex-parcei-
ro, concentrando a metade do todos os casos registrados”. Este índice