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R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 20, n. 77, p. 211 - 233, Janeiro 2017

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çada, 79 anos. de acordo com o dossiê Mulher de 2016, o estrato

entre 18 e 39 representa 64,5% do total de mulheres vítimas adultas.

Na presente pesquisa, revelou-se significativa a porcentagem de mu-

lheres entre 41 e 50 anos.

O mapeamento do estado civil demonstrou que a maioria das

vítimas é de mulheres solteiras (52%) – mas não necessariamente sol-

teiras à época da agressão. Esse indicativo é semelhante ao apontado

pelo Dossiê Mulher (2016:26), em que quase metade das mulheres

vítimas, com 18 anos ou mais são solteiras (49,2%).

Ressalte-se que o estado civil formal não implica a realidade

fática da vítima ou na relação dela com o agressor, pois a vítima pode

ser solteira, mas conviver maritalmente com o agressor, ou pode ser

que este seja um namorado ou companheiro. A utilização de alguns

critérios objetivos e formais como o estado civil pode muitas vezes

mascarar uma realidade, pois pode levar à falsa conclusão de que

as agressões partiram de outros entes familiares que não namorados

(as) ou companheiros (as), sendo, portanto, pouco eficaz para co-

nhecer a realidade fática da vítima.

A análise da situação familiar das vítimas demonstrou que a

maior parte das mulheres possui filhos (76%) e um pouco mais da

metade (52%) reside com os filhos. Estes dados conferem com os

que serão apresentados adiante em relação à presença de menores

durante a violência.