Revista da EMERJ - V. 20 - N. 77

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 R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 20, n. 77, p. 179 - 187, Janeiro 2017  185
e que indique caminhos que reduzam as incertezas. Não há qualquer
razão para se fazer uma pesquisa mercadológica se o tomador de
decisão não pretende alterar sua posição inicial, não acredita ou não
compreende os seus verdadeiros resultados.9
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não há como se conceber em um mundo globalizado, em que
a economia sofre alterações de todas as ordens, como vem ocor-
rendo ultimamente no Brasil, com variações de todas as sortes e,
principalmente, para o mercado imobiliário, que sofreu forte impacto
com a crise brasileira, que ainda se pense em movimentar riquezas
alheias, sem dar fortes garantias aos consumidores.
Mais surreal ainda é pensar em lançar-se em um mercado tão
abstruso e não se cercar de meios de proteção mútuos, os quais só
serão conhecidos após a realização de uma pesquisa mercadológica
de qualidade, desde que os resultados dessa sejam respeitados pelo
empreendedor.
Apesar de experiências amplamente divulgadas como o “Caso
Encol” e outros tantos, tão graves ou mais, que não chegaram a ser
noticiados pela grande imprensa, ainda encontramos “aventureiros”
nesse mercado complexo que é o das incorporações imobiliárias.
Nossa função, seja como operadores do Direito, Corretores de
Imóveis, Gestores de Marketing e demais colaboradores de uma em-
presa é tentar levar o conhecimento necessário aos empreendedores
que se imiscuem nessa seara, a fim de que não sejam ocasionados
prejuízos que chegam à irreversão, seja para os próprios empresá-
rios, seja para os adquirentes dos produtos.
Portanto, faz-se mister a realização da pesquisa mercadológica,
para que todas as variáveis relativas ao negócio sejam conhecidas,
subsidiando-se de forma adequada as decisões dos gestores.
A importância do estudo extrapola a própria relação entre in-
corporadoras e adquirentes, haja vista que os reflexos de um empre-
endimento malsucedido atingem a sociedade como um todo, pois
terá um solo urbano não aproveitado ou aproveitado de forma in-
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589f857d545410VgnVCM1000003b74010aRCRD em 24/08/2016.