Background Image
Previous Page  94 / 286 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 94 / 286 Next Page
Page Background

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 68, p. 80-96, mar. - mai. 2015

94

Natural, mormente no atinente a eventuais mutirões, ressalte-se que, em

não havendo defensor público lotado na comarca, a jurisprudência pátria

entende por correto privilegiar o primeiro em detrimento do Defensor

Natural. Nesse sentido:

Ementa: 

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. AU-

DIÊNCIA APRAZADA EM DATA NA QUAL O DEFENSOR PÚ-

BLICO NÃO ESTÁ PRESENTE NA COMARCA. POSSIBILIDADE,

NO CASO CONCRETO. PONDERAÇÃO ENTRE O DIREITO DE

ASSISTÊNCIA PELO DEFENSOR NATURAL E O DIREITO FUN-

DAMENTAL À RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO (ART. 5º

, INCISO LXXVIII , DA CF ), POR SE TRATAR DE RÉU PRESO

PREVENTIVAMENTE. DENEGARAM A ORDEM.

23

APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO.

ROUBO DUPLAMENTE MAJORADO. RECURSO DEFENSIVO.

PRELIMINAR DE NULIDADE - AUSÊNCIA DE DEFENSOR NA-

TURAL. AFASTAMENTO.

Embora não se desconheça que os acusados são habitual-

mente melhor assistidos por defensores que, em instante

pretérito à audiência, com eles detiveram contato e com o

respectivo processo, não se há olvidar de considerar a re-

alidade do cotidiano forense, sobretudo no que concerne

à estrutura da Defensoria Pública, a qual sabidamente im-

pende toda sua capacidade no atendimento dos seus assis-

tidos, mesmo em face da evidente inviabilidade, por vezes,

de um único Defensor acompanhar o mesmo denunciado

durante todo o trâmite processual. Dessa forma, de modo

a arrefecer as mazelas do sistema, a praxe consagrou a hi-

pótese de o julgador nomear outro profissional Advogado

para as solenidades, a fim de que ampare o réu no curso da

coleta da prova. 

(...)

24

23TJRS. HC 70047134986. Relator: Marcel Esquivel Hoppe, Primeira Câmara Criminal. Julgamento: 23/03/2012).

24 TJRS. ACR 70052433570. Relator (a): Laura Louzada Jaccottet. Sétima Turma Criminal. Julgamento: 25/02/2014.