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R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 467 - 487, jan - fev. 2015

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so à justiça de pessoas em condição de vulnerabilidade”

25

, ocorrido na

sede da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro –

ADPERJ, em 2009. Ainda, o seminário “II Análise das 100 Regras de Brasília

por Instituições do Sistema de Justiça do Cone Sul: O acesso à justiça por

pessoas em condição de vulnerabilidade” – Homenagem ao Catedrático

Santos Pastor Prieto

26

, realizado em Buenos Aires, no ano de 2010. Esses

seminários provocaram debates e produziram documentos

27

desencadea-

dores de novas atividades, envolvendo variados grupos temáticos, que se

constituíram como prévias à instalação do Fórum Justiça, ao final ocorrido

em reunião geral realizada na cidade do Rio de Janeiro, em dezembro do

ano de 2011. Dessa reunião decorreu a deliberação pela permanência do

Fórum e o Pacto Fórum Justiça

28

, documento orientador das atividades

programadas a partir de então.

O início das articulações em torno da construção do Fórum Justiça,

como referido anteriormente, foi impulsionado por uma conjunção de fa-

tores. Havia urgência de se retomar a pauta originada na última etapa do I

Seminário sobre as 100 Regras de Brasília, realizado na ADPERJ, em 2009.

Em tal ocasião, os movimentos sociais presentes encaminharam a pro-

posta de dar continuidade aos comentários sobre as 100 Regras de Bra-

sília, em uma perspectiva popular. Aliou-se a isso a política pouco aberta

à participação popular no âmbito da administração da Defensoria Pública

do Estado do Rio de Janeiro

29

; e também as reflexões aprofundadas du-

25 Ver VESTENA, Carolina. "Relatório Geral Seminário: Análise das 100 Regras de Brasília por Instituições do Sistema

de Justiça do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile: o acesso à justiça de pessoas em condições de vulne-

rabilidade

."

Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:

http://www.forumjustica.com.br/wp-content/uploads/2011/10/

Relat%C3%B3rio_Seminario_Rio_100-Regras-de-Bras%C3%ADlia.pdf. Acesso em 16 de fev. 2014.

26 Colaboraram ainda com esse seminário a

Fiscalía General de La Ciudad Autónoma de Buenos Aires

em coope-

ração com a ANADEP, a

Defensoría General de la Nación Argentina

; o Instituto Latinoamericano das Nações Unidas

para a Prevenção e Tratamento de Delinquentes – ILANUD e a Associação Interamericana de Defensorias Públicas

– AIDEF. Ver Informativo a respeito em:

http://www.forumjustica.com.br/wp-content/uploads/2011/10/Informati-

vo_II_Encontro_100_Regras_de_Brasilia.pdf. Acesso em: 15 fev. 2014.

27 Dos dois seminários realizados com a finalidade de analisar as “100 Regras de Brasília” foram extraídos do-

cumentos conclusivos como a “Carta do Rio” disponível em:

http://www.forumjustica.com.br/wp-content/uploa-

ds/2011/10/Relat%C3%B3rio_Seminario_Rio_100-Regras-de-Bras%C3%ADlia.pdf e os "Compromissos de Buenos

Aires” disponível em:

http://www.forumjustica.com.br/wp-content/uploads/2011/10/Relat%C3%B3rio_Semina-

rio_Rio_100-Regras-de-Bras%C3%ADlia.pdf. Acesso em 16 de fev. de 2014.

28 Documento final da Primeira Reunião Geral do Fórum Justiça, que reafirma o compromisso com o modelo de

justiça integrador, com reconhecimento de especificidades, redistribuição de riquezas e participação popular. Dispo-

nível em:

http://www.forumjustica.com.br/

. Acesso em 28out.2013.

29 Tal prática depreende-se de vários episódios, dentre outros, o rechaço à instalação de ouvidoria externa, a mu-

dança de orientação institucional ocorrida em abril de 2011 que afetou diretamente a metodologia do trabalho

realizado pelo Núcleo de Terras e Habitação (NUTH), vinculado à DP/RJ. Desde o ano de 2007, esse Núcleo vinha

realizando trabalho integrado com as comunidades e movimentos sociais, com gestão democrática, pautada por

reuniões periódicas de avaliação e construção coletiva do plano de trabalho, constituindo exemplo de interação

entre o trabalho de uma instituição do sistema de justiça e a participação popular.