Background Image
Previous Page  459 / 590 Next Page
Basic version Information
Show Menu
Previous Page 459 / 590 Next Page
Page Background

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 459 - 466, jan - fev. 2015

459

Vigilância Eletrônica e

Mecanismos de Controle de

Liberdade: Elementos para

Reflexão

Cristina Zackseski

Criminóloga. Doutora em Ciências Sociais e Mes-

tre em Direito. Professora Adjunta da Faculdade de

Direito da Universidade de Brasília. Líder do Grupo

de Pesquisa Política Criminal. Membro do Núcleo

de Estudos sobre Violência e Segurança – NEVIS/

CEAM/UnB.

Welliton Caixeta Maciel

Doutorando em Sociologia, Mestre em Antropologia.

Pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Violência e

Segurança – NEVIS/CEAM/UnB, do Laboratório de

Estudos da Cidadania, Administração de Conflitos e

Justiça – CAJU/DAN/UnB e do Grupo Candango de

Criminologia – GCCrim/FD/UnB.

Neste texto, nosso objetivo é aprofundar alguns elementos de aná-

lise sobre uma face da cultura punitiva que sustenta fórmulas bastante

conhecidas e há muito desgastadas, revestindo-as com o elemento tecno-

lógico. Estamos falando dos controles eletrônicos de liberdade (pulseiras,

tornozeleiras ou câmeras), que representam a sobrevivência de um tipo

de controle, que é a vigilância, ainda que as sociedades contemporâneas

tenham se tornado complexas e fluidas, ou líquidas, segundo a categoria

utilizada por Zygmunt Bauman

1

.

1 É extensa a obra do autor e boa parte dela é permeada pelo conceito “líquido” – Modernidade líquida, Medo

líquido, Amor líquido, Vida líquida, Tempos líquidos.