Background Image
Previous Page  130 / 200 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 130 / 200 Next Page
Page Background

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 69, p. 129-155, jun. - ago. 2015

129

O Teste 360° de Confusão

de Marcas*

Filipe Fonteles Cabral

Pós-graduado em Propriedade Intelectual pela PUC/RJ

e em Direito Empresarial pelo IBMEC/RJ, coordenador

de cursos na área de Marcas na ABAPI - Associação

Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial.

Marcelo Mazzola

Advogado especialista em Propriedade Intelectual,

pós-graduado em Processo Civil pela FGV, Perito das

Varas Empresariais da Comarca da Capital/RJ.

Introdução

1. Em âmbito internacional, a “possibilidade de confusão” constitui

um dos requisitos para a caracterização da violação de marca.

2. Na análise de casos concretos, os tribunais estrangeiros costu-

mam criar “testes” de forma a parametrizar a colidência de marcas e fa-

cilitar a interpretação e a aplicação da norma legal em casos concretos.

3. No cenário nacional, nossos tribunais examinam não só a seme-

lhança das marcas e o grau de especialidade do consumidor, critérios já

consagrados na doutrina, mas diversas outras circunstâncias que podem

induzir ou afastar por completo a confusão das marcas sob exame.

4. O presente trabalho propõe um estudo sobre a jurisprudência

brasileira no que concerne à “possibilidade de confusão” como um requi-

sito para a infração de marca, bem como objetiva confrontar os preceden-

tes com o nosso tradicional exame formal de colidência.

* Os autores, advogados especialistas em Propriedade Intelectual e sócios no escritório Dannemann Siemsen Ad-

vogados, proferiram palestra na 79ª Reunião do Fórum Permanente de Direito Empresarial da EMERJ, realizada em

10/04/2015, quando abordaram os critérios consagrados pela jurisprudência nacional para a análise de confusão de

marcas à luz deste artigo, publicado originalmente na REVISTA DA ABPI n. 132. Em seguida, o STJ citou o trabalho e

seus autores em emblemático acórdão envolvendo as marcas “Chester” e “Chester Cheetah”.