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R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 69, p. 9-13, jun - ago. 2015

Garantia para a turista que foi estuprada e deformada den-

tro de uma van?

(...)

É preciso mudar as lentes, não estamos em um Estado To-

talitário e Punitivo. Estamos no meio de uma guerra civil,

pessoas são mortas por carteiras, celulares, bicicletas, ou por

nada...

Tudo é muito pior do que no Estado Islâmico que tanto que-

rem demonstrar como sendo a mais brutal face do homem.

Lá há uma razão, a qual repudio, mas há uma razão. Aqui

não há mais... Por que você fez isso, eu pergunto todos os

dias? A pergunta quase sempre é um dar de ombros...

(...)

Repita-se, todo policial que mata deve ser punido. O bandido

que mata deve ser punido. O rico que corrompe deve ser pu-

nido. O juiz que prevarica deve ser punido. E ficar preso des-

de o flagrante se for preso no ato. E nesta guerra civil, neste

caos de desordem pública, deve ficar preso como meio de

prevenção de novos crimes. A sociedade não aguenta mais a

sensação de impunidade...

Chega de benefícios para sustentar que saiam tantos quantos

entram.

Chega de legitimar a bandidagem.

Chega de demagogia.

Há pessoas más no mundo, há pessoas boas. A nossa função

é garantir que as primeiras não agridam às segundas. Garan-

tindo a paz.

Estamos falhando. Reiteradamente.

A insegurança pública é nossa culpa. Admitamos.

E ouçamos a voz da rua.

Não me calo.”

O repto emocionado da Juíza não parece ecoar no deserto, bastan-

do verificar as mídias de todos os dias, servindo como exemplo a man-

chete de 01/06 último do jornal

O Globo

: “

A polêmica da vez – Cunha