Background Image
Previous Page  112 / 222 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 112 / 222 Next Page
Page Background

u

Decisões

u

TJRJ

u

u

Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 23, p. 107-158, 2º sem. 2015

u

112

RICULOSIDADE DO AGENTE; E, DE CONSEQUÊNCIA, A NECESSI-

DADE DA APLICAÇÃO DA MEDIDA EXTREMA.

2. ORDEM DENEGADA.( HC 49445920128070000 DF 0004944-

59.2012.807.0000 Relator(a):JOÃO TIMOTEO DE OLIVEIRA Jul-

gamento: 22/03/2012 TJ/DF).

“PROCESSO PENAL.

HABEAS CORPUS

. LEI MARIA DA PENHA.

PRISÃO PREVENTIVA. PACIENTE QUE, APÓS O CONHECIMENTO

DE INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL VISANDO A APURAR

SUPOSTA OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, TORNOU

PARCIALMENTE CUMPRIDAS SUAS ANTERIORES AMEAÇAS, NO-

VAMENTE AMEAÇOU E AGREDIU FISICAMENTE SUA EX-MULHER.

DECRETO PRISIONAL DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. AUSÊN-

CIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM DENEGADA.

1.

A imposição da custódia preventiva encontra-se suficiente-

mente fundamentada, em face das circunstâncias do caso que,

pelas características delineadas, retratam,

in concreto

, a pericu-

losidade do agente, a indicar a necessidade de sua segregação.

2. A Lei n.º 11.340/2006 introduziu, na sistemática processual

penal relativa às prisões cautelares, mais uma hipótese auto-

rizadora de prisão preventiva, ao estabelecer, no artigo 313,

inciso IV, do Código de Processo Penal, a possibilidade desta

segregação cautelar para garantir a eficácia das medidas pro-

tetivas de urgência.

3. Na espécie, diante da notícia de que o ora Paciente, mesmo

após cientificado, na delegacia, do inquérito instaurado para

apurar a ocorrência de violência doméstica, fez novas ameaças

de morte contra a vítima e causou-lhe lesões corporais, acerta-

da, pois, a decretação de sua custódia preventiva. Preceden-

tes. Ordem denegada.” (HC 165.075/DF, Rel. Ministra LAURITA

VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 22/03/2011, DJe 06/03/2012).

Importante consignar que os crimes praticados no âmbito da violên-

cia doméstica devem ser interpretados sob uma perspectiva principiológi-

ca da questão de gênero da mulher que vive efetivamente o ciclo de vio-

lência, seja por dependência econômica, seja por dependência emocional.

O artigo 20 da Lei nº 11.340/06 foi recepcionado pela ordem constitucional,