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ARTIGOS
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Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 16 - n. 1, p. 143-152, 1º sem. 2018
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mativos, cartazes nas paredes, banners eletrônicos nos
websites,
letreiros
luminosos, propaganda nas páginas das revistas e dos jornais etc.). Ou seja,
comunicar, de fato, demanda vínculo, relacionamento e é por isso que em
muitas organizações a comunicação face a face tem grande dificuldade de
se fazer fluida e eficiente, visto que o envio de um correio eletrônico ou
mensagem pelo
Whastapp
substitui a proximidade física e sua necessária
inevitável reciprocidade emocional.
Assim, comunicação, entendida como ação em comum, demanda
inquestionavelmente relacionamento. É por isso que muitas empresas de
marketing já consideram o interlocutor como substituto do antigo público
-alvo (
target
do original em inglês). Vale ressaltar, nesse sentido, a palavra
de um especialista no tema, Marty Neumeier: “Os profissionais de mar-
keting percebem que criar uma marca não é estampar uma logo em tudo
que se move. Trata-se de gerenciar relacionamentos entre organizações e
seus componentes, conduzir uma conversa entre muitas pessoas por vá-
rios canais. Interagir com pessoas onde quer que elas estejam”
.
(Neumeir,
O Abismo da Marca, 2008, Bookman, pg.87). Companhias cujas marcas se
destacam no mercado não possuem somente consumidores, mas segui-
dores do estilo de vida representado por aquela marca e seu universo sim-
bólico particular. Empresas e organizações humanas possuem identidades
próprias representadas de forma imaginária pelo seu nome e todo conjun-
to simbólico atrelado a ele.
Desta forma, ao pronunciar o nome Nike, imediatamente teremos
uma imagem pronta a respeito dessa empresa de calçados esportivos,
assim também a teremos para marcas e nomes de diferentes segmentos
como Rolex, Ferrari, Nasa, Petrobras, ABIN ou TSE.
Mas as empresas privadas são empurradas pelo ritmo da concorrên-
cia e da inovação, fruto das imensas pressões mercadológicas e econômi-
cas, e respondem de forma mais rápida diante de mudanças. Já os organis-
mos de Estado, pelo contrário, baseados na burocracia e no controle para
se fazerem funcionar, são paquidérmicos em seus movimentos. Assim,
chegamos ao título desse texto e ao nosso objetivo: esclarecer que de-
terminada linguagem, que determinado conjunto de jargões corporativos