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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Estudantes da rede pública de ensino são premiados em cerimônia que encerra a primeira edição do projeto “A EMERJ e o Juiz do Futuro”


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Na tarde desta sexta-feira, dia 3 de dezembro, a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), em parceria com a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ), a Mútua dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (MÚTUA) e a Associação Nacional de Desembargadores (ANDES), divulgou o resultado do concurso de redação “A EMERJ e o juiz do futuro”.


A solenidade foi presencialmente no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura, seguindo todos os protocolos de biossegurança em decorrência da Covid-19, e com transmissão pelo canal oficial da EMERJ na plataforma YouTube.


“Queremos abrir as portas do Judiciário para que os alunos da rede pública conheçam melhor o Poder Judiciário. Nós mudamos a vida das pessoas, então é importante que o Judiciário se faça conhecer melhor. Nenhum lugar é melhor do que as escolas; ninguém aprende melhor que as crianças e os adolescentes, pois neles os sonhos estão muito aflorados”, destacou a diretora-geral da EMERJ, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, idealizadora do concurso.


A cerimônia


Compuseram a mesa o presidente da AMAERJ, juiz Felipe Carvalho Gonçalves da Silva; a secretária-geral da EMERJ, Luiza Castro; o diretor do Departamento de Comunicação Institucional (DECOM), Francisco Budal; e o chefe de gabinete da diretora-geral, André Luiz Teixeira dos Santos.


Ao falar sobre o projeto, o juiz Felipe Carvalho relembrou de quando era estudante: “Esse concurso é muito importante principalmente por uma questão de cidadania. Me lembro quando saí do ensino médio e quase não sabia o que era um juiz, um desembargador, um agente dos poderes. Nosso sistema de educação não estimula os jovens a pensarem sobre o papel de cada poder, a divisão das instituições republicanas. Fico muito agradecido por termos participado de um projeto com grande papel pedagógico, tenho certeza que todos aqui ficarão felizes com os resultados”, disse.


A secretária-geral da EMERJ, Luiza Castro, falou a respeito da criação do concurso de redação.


“Com esse concurso, pensamos em aproximar a educação dos jovens à magistratura, pois é muito importante que as crianças e os adolescentes conheçam qual é a função de um magistrado, qual é a rotina de um tribunal. Pensamos em expandir esse projeto com a visita de magistrados a escolas e a vinda de alunos para as instituições da justiça, para que possamos formar novos juízes. O jovem escolhe a profissão que ele conhece, então a partir do momento que ele se familiarizar com a realidade dos operadores do Direito, eles lembrarão da área”, explicou.


Prêmios e vencedores


Os prêmios foram concedidos pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ), pela Mútua dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (MÚTUA) e pela Associação Nacional dos Desembargadores (ANDES), sem qualquer ônus à EMERJ.


Os prêmios estão divididos da seguinte forma:


- Os autores dos trabalhos classificados em 1º lugar, em cada categoria, receberão um notebook.


- Os autores dos trabalhos classificados em 2º lugar, em cada categoria, receberão um tablet;


- Os autores dos trabalhos classificados em 3º lugar, em cada categoria, receberão um celular.


- As instituições de ensino dos estudantes autores dos trabalhos classificados em 1º lugar, por categoria, receberão um computador desktop.


- Todos os estudantes dessa edição do projeto receberão um certificado de participação.


Na categoria 1, para alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, a vencedora foi Lídia Nunes, de 15 anos, aluna do 9º ano da Escola Venezuela, do bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro.


Sobre ser aluna da rede pública, a vencedora falou das diferentes realidades encontradas na escola e citou a falta de incentivo do governo estadual e federal.


“Eu acredito, sim, que a escola pública possa formar grandes profissionais, inclusive juízes. Lá, vivemos com diferentes pessoas, com muitas realidades diferentes, que são pessoas muito inteligentes, com capacidades para conquistar o que quiser. Sinto que falta um incentivo e investimento do governo, pois com a capacidade que as pessoas têm, chegarão longe”, afirmou.


Emocionada em ter sua redação escolhida em 1º lugar, Lídia Nunes pontuou: “Fiquei muito feliz e lisonjeada de conquistar esse prêmio. Temos que acreditar em nós mesmos, pois outra pessoa não fará isso por nós. Independente de tudo, se você se esforçar, estudar, você consegue chegar aqui e onde quiser, basta se esforçar”.


A coordenadora pedagógica da Escola Venezuela, Ariane Madeira, pediu: “Para vocês, da EMERJ e da Justiça em geral, continuem acreditando na educação pública e no ensino de qualidade que temos para oferecer, pois trabalhamos incansavelmente, apesar de todas as dificuldades, para que possamos colher frutos cada vez maiores. Fico emocionada em ver uma aluna da nossa escola recebendo esse prêmio, pois isso é muito positivo para ela, seu futuro, além da dar uma força para a nossa instituição, de mostrar para os demais alunos e professores que sim, podemos chegar longe”.


Na categoria, também foram premiados, em 2º lugar, Eduarda Brum, aluna do 9º ano do CIEP 266 da cidade de Santo Antônio de Pádua, e em 3º, Bernardo Pires, aluno do 7º ano da Escola Municipal Vera Felizardo da cidade de Arraial do Cabo, em 3º.


Na categoria 2, para alunos do ensino médio, outra vencedora: Sophia Camargo Amaral, de 15 anos, aluna do 1º ano do Colégio Estadual Vinte de Julho da cidade de Arraial do Cabo. Emocionada, disse: “Depositaram muita confiança em mim, mesmo eu não sabendo bastante a respeito do tema, então fico muito feliz em ter vencido o concurso. Por mais que muitos acreditassem, eu não esperava que fosse estar entre as redações escolhidas. A todos que gostariam de participar desse projeto, acreditem em si mesmos, não tenham medo de tentar”.


“É de suma importância essa parceria entre o Poder Judiciário e as escolas, pois os alunos não sabem muito sobre o que é ser um juiz, um magistrado, ao contrário, acreditam que há um distanciamento. Entendo que esse momento, em que a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro abre as portas para alunos de escolas públicas, é muito gratificante. Nossa aluna vencedora ficou muito emocionada, e isso se reflete na escola, pois todos os funcionários da escola torcem pelos alunos. Acreditamos que teremos ainda mais vencedores, em futuros projetos, quem sabe”, destacou a coordenadora pedagógica Maria Izabel da Silva Bastos.


Em 2º lugar ficou a Eduarda Flausino Vani da Silva, aluna do 1º ano do Centro Interescolar Estadual Miécimo da Silva, do bairro de Campo Grande da cidade do Rio de Janeiro, seguida por Fernando Dumard da Gama, aluno do 2º ano do CIEP Governador Leonel de Moura Brizola do bairro de Charitas da cidade de Niterói, que ficou em 3º.


A EMERJ e o juiz do futuro


Criado neste ano, o projeto foi uma oportunidade para os alunos da rede pública de ensino de todo o estado do Rio de Janeiro se aproximarem do Poder Judiciário e mostrarem seus conhecimentos sobre a área. O concurso, que terá uma nova edição em 2022, visa despertar nos estudantes o interesse pelos temas relacionados ao Poder Judiciário.


Sobre uma nova edição, a diretora-geral da EMERJ, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, comentou: “No próximo, teremos uma temática diferente, pois queremos dinamizar o concurso. As temáticas, terão relação com a sociedade civil, bem como o momento que o Brasil passa, possibilitando que as crianças façam pesquisas, venham aqui para conversar com juízes, para que então esse conhecimento sobre o Judiciário se torne efetivo”.


Comissão avaliadora


Para a avaliação e premiação a EMERJ montou uma comissão formada por magistrados, que foi composta pelos desembargadores Ana Maria Pereira de Oliveira, Marco Antonio Ibrahim, Margaret de Olivaes e Patricia Ribeiro Serra Vieira; e pelos juízes Adriana Ramos de Mello, Felipe Carvalho Gonçalves da Silva e Rodrigo Faria de Souza.


Preliminarmente, a comissão analisou 71 redações que cumpriram as exigências descritas no edital do concurso. Dessas, 61 redações foram de alunos da categoria 1 e 10 de alunos da categoria 2. Do número total de produções entregues, 51 redações foram feitas por alunas e 20 por alunos.


Transmissão


Para assistir à transmissão completa da entrega dos prêmios, assim como a leitura das redações vencedoras, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=s1XOEKmbWtk




3 de dezembro de 2021


Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)