Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  43 / 210 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 43 / 210 Next Page
Page Background

41

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 74, p. 9 - 65. 2016

norte-americano, o procedimento de insolvência seria iniciado em cada

país (França, Alemanha, Bélgica etc.), sendo apontado um administrador

específico para cada caso. Esses administradores paralelos teriam o po-

der, sujeito à aprovação dos credores e da Corte local, de se unirem em

uma venda comum dos ativos do grupo ou não, podendo cada um deles

avaliar se tal esforço conjunto seria interessante para a subsidiária local.

Considerando que os administradores buscariam a valorização dos ativos

de sua companhia, essa análise não deixaria de comtemplar o interesse

dos credores. Além disso, os credores saberiam que cada bem local esta-

ria sujeito às leis e Cortes de sua jurisdição, promovendo maior segurança

jurídica. Com base neste exemplo, conclui:

"By contrast, in a universalist system, creditors must concern

themselves not only with the desirability of the common

sale but also with which court will conduct it. It might be in a

group of creditors’ interests to oppose an advantageous sale

by the court of a country that would accord the particular

group of creditors a low priority. In a cooperative territorial

system, venue would never be an issue. Venue with respect

to any particular asset would be in the courts of the country

that dah power over the asset by sovereign."

85

Nota-se que tanto o universalismo modificado quanto o territoria-

lismo cooperativo possuem elementos comuns, mas não se confundem.

Para o professor Jay Westbrook, a principal diferença entre as aborda-

gens é que o universalismo modificado possui uma perspectiva mundial,

buscando solução que se aproxima do sonho de uma única lei e jurisdi-

ção, enquanto que o territorialismo cooperativo parece conferir direitos

adquiridos para os credores locais sobre quaisquer bens que vierem a

ser confiscados no processo local

86

. Já para Lynn LoPucki, a grande van-

tagem de seu modelo é que ele não requer cooperação além da que já

existe, promovendo uma plataforma estável para tratados e convenções

que lidem com oportunidades específicas para benefício mútuo de to-

dos os envolvidos

87

. Saliente-se que a posição de Jay Westbrook rece-

85 LOPUCKI, Lynn M. "

Global and Out…

", p. 15.

86 WESTBROOK, Jay Lawrence. "

A Global Solution to…

", p. 2302.

87 LOPUCKI, Lynn M. "

Universalism Unravels…

", p. 24.