Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  248 / 256 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 248 / 256 Next Page
Page Background

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 73, p. 242 - 248, abr. - jun 2016

248

que, de algum modo, influencia o desenvolvimento ético e

moral do homem, como ser pensante e racional, e não como

algo que implica na desconsideração dos interesses de outros

seres. Nesse ínterim, “cultura” que subjuga e instrumentali-

za vidas, camuflando os mais escusos interesses financeiros,

não é “cultura". É tortura. “Diversão" que explora o sofrimen-

to de seres que não têm condição de defesa não é diversão.

É sadismo. “Esporte” em que um dos envolvidos não optou

por competir não é esporte. É covardia. (Grifos nossos)

7. O movimento no Rio de Janeiro para combater a prática

dos rodeios em todo Estado: a realização da 1ª e histórica

Audiência Pública da ALERJ sobre a prática dos rodeios e

sobre os Direitos dos Animais

Aqui no Rio, embora ainda de forma tímida, teve início o movi-

mento para a proibição desta prática, e, para tanto, a Comissão de Pro-

teção aos Animais do Estado do Rio de Janeiro, presidida pela Deputada

Danielle Guerreiro, realizou a primeira Audiência Pública do Estado do RJ

em 24/09/2015, da qual tive a honra de participar como convidada, para

discutir os maus-tratos aos animais em rodeios, restando estabelecidas

diversas medidas para a mobilização e conscientização da população so-

bre a verdade dos rodeios.

8. Conclusão

Por tudo, rodeios, vaquejadas, rinhas de galo e qualquer outro dito

“entretenimento” baseado na dor e no sofrimento dos animais não é diver-

são: é crime de maus-tratos!

É impossível ocorrer um rodeio sem que ocorram maus-tratos aos

bovinos, novilhos e equinos, por razões muito simples: esses animais, via

de regra, são tranquilos, somente transparecendo muita ferocidade após

serem submetidos a muita dor e estresse e através das práticas já descritas

de torturas: sedém, descorna, etc.

A questão dos maus-tratos deve ser enfrentada corajosamente pelos

juízes e Tribunais do país, pois, no âmbito de uma sociedade dita civilizada,

não podem mais ocorrer tais práticas de tortura, sadismo e covardia. No-

vos tempos, de mais respeito aos seres não humanos, que também sentem

dor e que, segundo o Papa Francisco, têm almas: os nossos animais!