

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 356 - 375, jan - fev. 2015
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Em um mundo onde as utopias parecem perder o seu sentido por
serem travestidas de impossibilidades, o papel da crítica é, também, re-
novar a esperança de um futuro melhor, mais justo, livre e solidário. Os
abolicionistas da escravatura eram vistos, muitas vezes como lunáticos,
sonhadores, defensores de uma causa perdida. Sua coragem, honestidade
intelectual e esperança num futuro melhor, fez com que aquilo que era
considerado uma impossibilidade, se materializasse em uma realidade.
Do mesmo modo, os marxistas que lutam por uma ruptura estrutural; que
sonham com a abolição de todas as formas de dominação e não desistem
de lutar por essas mudanças não podem se deixar abater.
Hoje, temos a necessidade de renovar nossas esperanças, de pro-
pagar nossas utopias. Temos o direito garantido de sonhar com um futuro
em que a opressão esteja contida unicamente nos livros de história. Um
mundo no qual essas utopias são tão importantes não pode jamais con-
siderar o pensamento de Marx e Engels como algo “do passado”. Os dois
são, sem a menor dúvida, pensadores do século XXI.
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