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R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, p. 61-77, Setembro/Dezembro 2017

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Não obstante, para os fins do presente trabalho, é importante buscar

em autores de renome o conceito praticado no ambiente acadêmico. Nesse

sentido, vale trazermos à baila mais uma vez a obra de CASTELLS

5

: “A So-

ciedade em Rede é a nossa sociedade, a sociedade constituída por indivíduos,

empresas e Estado operando num campo local, nacional e internacional.”

Há quem diga, e CASTELLS não difere, que as relações em rede carac-

terizam as sociedades informacionais.

Importante destacar a ponderação de CASTELLS em relação à socie-

dade em rede

versus

a sociedade industrial, demonstrando a atualidade da

questão, pois enquanto

6

:

As

redes de comunicação digital são a coluna vertebral da

sociedade em rede

, tal como as redes de potência (ou redes

energéticas) eram as infra estruturas sobre as quais a sociedade

industrial foi construída, como demonstrou o historiador Tho-

mas Hughes. (Grifou-se)

Sumarizando a questão, CASTELLS

7

assim conceitua a Sociedade

em Rede:

A

sociedade em rede, em termos simples

, é uma

estrutu-

ra social baseada em redes operadas por tecnologias de

comunicação e informação fundamentadas na microelec-

trónica e em redes digitais de computadores que geram,

processam e distribuem informação a partir de conheci-

mento acumulado nos nós dessas redes

. A rede é a estrutura

formal (vide Monge e Contractor, 2004). É um sistema de nós

interligados. E os nós são, em linguagem formal, os pontos

onde a curva se intersecta a si própria.

As redes são estruturas

abertas que evoluem acrescentando ou removendo nós de

acordo com as mudanças necessárias dos programas que

conseguem atingir os objectivos de performance para a

rede

. Estes programas são decididos socialmente fora da rede,

mas, a partir do momento em que são inscritos na lógica da

rede, a rede vai seguir eficientemente essas instruções, acrescen-

5 CASTELLS, 2002, p. 09..

6 Idem, 2002, p. 18.

7

Idem, 2002, p. 20.