Diretor da EMERJ e presidente de Fórum Permanente participam do seminário Ética e Civismo, na Escola Superior de Guerra
No dia 17 de outubro, a Escola Superior de Guerra sediou o Seminário “Ética e Civismo”, que debateu o tema em três esferas: a ética no serviço público, na esfera privada e no âmbito militar.
O 1º painel do encontro abordou o princípio na esfera pública e contou com a participação do diretor-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, do presidente do Fórum Permanente de Direito Empresarial, desembargador Antonio Carlos Esteves Torres, e dos embaixadores Marcílio Marques Moreira e Luciano Ozório.
O desembargador Antonio Carlos Esteves Torres abriu a palestra pontuando que a ética é como a sensação de segurança; é algo a ser sentido, que vai além de uma definição teórica. O embaixador Luciano Ozório frisou a responsabilidade dos agentes públicos e disse que os princípios éticos devem ser internalizados.
Já o embaixador Marcílio considerou que não existam formas diferentes de ética. “Há apenas uma ética, o que muda é a circunstância”, disse. Em seguida, Marcílio citou o artigo 37 da Constituição Federal, que trata da administração pública e dos seus princípios. “Este artigo deve guiar o servidor em qualquer circunstância. O servidor público jamais poderá desprezar o elemento ético na sua conduta e deve ter sempre a consciência de que o fim é o bem comum”. O embaixador finalizou sua fala ressaltando a importância da transparência no serviço público, da confiança e do compromisso com a verdade: “A confiança é o fio condutor da boa gestão pública. Os fins não justificam qualquer meio”.
O diretor-geral da EMERJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, mencionou o momento que a sociedade vive, em meio aos crimes de corrupção. “Hoje estamos inseridos em uma cultura da corrupção, que estimula jovens a resolver seus problemas com propinas. A corrupção se tornou algo cotidiano, inclusive no serviço público. Precisamos reagir ao que está acontecendo. As novas gerações precisam estar comprometidas com uma renovação de valores”.
O desembargador Ricardo pontuou ainda que o interesse da coletividade deve se sobrepor ao interesse público. “O princípio da moralidade se sobrepõe a todos os outros princípios. Entre o legal e o moral, prevalece o moral”.
Ao final, o diretor da EMERJ citou uma passagem do Papa Francisco: “Frente à tentação da corrupção, não há melhor antídoto do que a austeridade moral. Praticar a austeridade é, antes de tudo, pregar com o próprio exemplo. Peço que não subestimem o valor do exemplo, porque ele tem mais força do que mil palavras”.
17 de outubro de 2017.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ.