Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro
Fórum promove palestra sobre O Mercado da Mediação Privada e sua Evolução nos Estados Unidos
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O presidente do Fórum Permanente de Práticas Restaurativas e Mediação da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro (EMERJ), desembargador Cesar Felipe Cury, trouxe a debate o tema “O Mercado da Mediação Privada e sua Evolução nos Estados Unidos”, nesta quarta-feira, dia 22.
Para falar sobre o assunto, foi convidado o juiz aposentado, ex-presidente do Los Angeles County Superior Court´s Mandatory Settlement Program e fundador da Superior Court´s Complex Civil Litigation Program, Peter Lichtman. Como moderadora, participou a advogada Mariana Freitas de Souza.
“A mediação privada é um mercado já consolidado nos Estados Unidos e por isso achamos que o tema é muito apropriado nos dias de hoje para nossa realidade brasileira”, disse a advogada Mariana Freitas de Souza ao abrir a palestra, informando que o palestrante, o juiz aposentado Peter Lichtman atua nesta área e processa, em média, 12 mil casos de mediação e arbitragem nos EUA por ano.
De acordo com Peter Lichtman, o mercado da mediação privada nos EUA é enorme e de grande êxito: “É um grande sucesso, tanto financeiramente quanto na resolução dos casos”. O palestrante atribui o êxito à confiança que os advogados têm no sistema da mediação e na habilidade dos mediadores, grande parte juízes aposentados como ele. Durante o encontro, a plateia pôde fazer perguntas ao palestrante.
O encerramento da palestra foi feito pelo desembargador Cesar Felipe Cury, que pontuou como a experiência dos EUA, apresentada no encontro, será importante para a mediação no Brasil. “Foi possível ver a ampla experiência da mediação privada nos EUA e pudemos perceber grandes diferenças entre as realidades daquele país e do Brasil. São visões de mundo completamente distintas, modos de trabalho bem diferentes. Depois dessa palestra, temos um farto material para reflexão acerca dessas experiências”. O magistrado ressaltou que a mediação brasileira ainda está avançando e muitas indagações estão sendo feitas, como por exemplo: se a mediação pré-processual deve ser obrigatória; se a mediação deve ser avaliativa ou neutra; se o mediador deve ter atuação mais ativa. E disse que no país ainda há resistência na participação do juiz aposentado como mediador. “Hoje temos 35 juízes aposentados do TJRJ que atuam nessa área, mas ainda há um longo caminho pela frente”.
23 de abril de 2017
Fonte: Assessoria de Comunicação da EMERJ
