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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Autismo e síndrome de Down são temas de palestras sobre educação inclusiva na EMERJ

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A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), através da parceria dos Fóruns Permanentes de Direito de Família e Sucessões e de Biodireito, Bioética e Gerontologia, reuniu nesta terça-feira, dia 12, especialistas para uma manhã de debates sobre temas afetos à inclusão social. A palestra com o título “Educação Inclusiva” foi aberta pela desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat e pela juíza Maria Aglaé Tedesco Vilardo, presidentes dos Fóruns Permanentes organizadores do evento.

Um grupo de especialistas foi convidado para o encontro, que contou com três painéis: “Inclusão e Autismo”, apresentado pela psicanalista Flavia Chiapetta; “Inclusão Escolar e Síndrome de Down”, exposto pela psicóloga Giselle Vairo; e “Barreiras Arquitetônicas e Sociais nas Escolas”, tema abordado pelo advogado Luciano Aragão.

A desembargadora Katya Monnerat, que tem um filho portador de autismo, se emocionou ao dar seu depoimento: “Minha experiência é muito mais pessoal do que técnica, nesta parte inclusiva, pois meu filho é autista. A inclusão precisa estar relacionada com o amor, pois se tivéssemos amor no coração e conseguíssemos estender esse sentimento ao nosso semelhante, não precisaríamos de leis. O amor permite olhar o outro independentemente da diferença dele”.

Para a juíza Maria Aglaé, é preciso avançar em acessibilidade: “É necessário possibilitar a essas pessoas um despertar de suas funcionalidades, que são diferentes em cada ser humano”.

A juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e idealizadora da Fundação Mundo Azul, Keyla Blank de Cinop, destacou, durante a exposição do seu painel, a importância do apoio dos pais para crianças com autismo. De acordo com a magistrada, acompanhar um filho com autismo é um desafio que deve ser levado com muito amor. Ela destaca que a taxa de divórcios entre pais de crianças com deficiência chega a 90%.

A psicanalista Flavia Chiapetta destacou que a criança autista tem dificuldade de incluir o outro na vida dela, e isso só é possível quando essa relação se torna menos ameaçadora para ela.

“Inclusão Escolar e Síndrome de Down” foi o assunto trazido pela fonoaudióloga e psicóloga Giselle Vairo. “A criança tem que ser ensinada da maneira que ela possa aprender. Eu, como educadora, tenho que me adequar, pois eu tenho uma diversificação de necessidade em sala de aula. Então é preciso adaptar e flexibilizar a metodologia, a forma, a avaliação e o tempo”, disse Giselle.

Ao final, as magistradas do TJRJ Adriana Laia Franco e Renata de Lima Machado Rocha, alunas do Mestrado Profissional Justiça e Saúde da EMERJ/ FIOCRUZ, apresentaram estudos sobre o assunto. A juíza Adriana debateu os temas “Legislação Atual: Direitos na LDB e na Lei 13.146/2015”, “O papel do mediador”, “A não obrigatoriedade do laudo”,e “O plano de desenvolvimento individual - principais dúvidas dos pais”. A juíza Renata falou sobre “A repercussão do tema da redação do ENEM 2017: Educação para surdos”.

12 de dezembro de 2017.

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ.