Juíza Adriana Ramos de Mello coordena pesquisa do NUPEGRE
O Núcleo de Pesquisa em Gênero, Raça e Etnia da EMERJ (NUPEGRE), lançou, no último dia 15, no auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura, a pesquisa “A Resposta do Poder Judiciário às Vítimas de Violência Doméstica: Um Estudo das Medidas Protetivas de Urgência no Projeto Violeta”, coordenada pela juíza Adriana Ramos de Mello, presidente do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero. Os professores Guilherme Sandoval Góes, Simone Cuber Araújo Pinto e Livia de Meira Lima Paiva foram os pesquisadores. Também colaboraram com o projeto Michelly Ribeiro, Caroline Freitas, Vanessa Brügger e Ligia Campos.
“De acordo com o Dossiê Mulher do Rio de Janeiro, 300 mulheres foram mortas e 700 sofreram tentativa de feminicídio em 2015”, relatou a juíza Adriana Ramos, ao iniciar o evento.
A enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde, Fernanda Prudêncio, discorreu sobre o projeto “Sala Lilás”, que tem por objetivo qualificar o atendimento à mulher no momento da avaliação pericial, garantindo acolhimento e implantação dos protocolos do atendimento a mulher vítima de violência.
A pesquisa quantitativa avaliou no ano de 2015 o impacto na proteção das mulheres em situação de violência doméstica do “Projeto Violeta”, no âmbito do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e teve como uns dos principais objetivos mapear as mulheres em situação de violência e seus agressores:
- Mulheres com faixa etária entre 31 e 40 anos são as que mais sofrem violência doméstica, 29%;
- 52% das mulheres em situação de violência se declaram solteiras- a maioria;
- 88% das mulheres exerce profissão remunerada, formal ou informal;
- Os homens na faixa etária entre 31 e 40 anos são os que mais agridem, 34%; - 39% dos agressores são solteiros; - 57% das agressões ocorrem na residência da mulher em situação de violência.
- 39% dos agressores são solteiros;
- 57% das agressões ocorrem na residência da mulher em situação de violência.
Ao final do encontro, os participantes da pesquisa demonstraram publicamente a admiração e respeito pelo empenho e dedicação do desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa e da juíza Adriana Ramos. Ele recebeu uma placa de homenagem e ela, flores.