EMERJ promove Seminário “Corrupção e seus desdobramentos sociojurídicos”
Mil e trezentos inscritos, entre magistrados, outros operadores do Direito e estudantes, lotaram o Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Rio para o evento “Corrupção e seus Desdobramentos Sociojurídicos” nesta sexta-feira, 30 de novembro.
O desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, diretor-geral da EMERJ, abriu o encontro com o lançamento da edição da Revista da EMERJ dedicada aos 30 anos da Escola. O diretor agradeceu a presença dos convidados e ressaltou: “A corrupção é um mal, é cruel, é desleal. Seus efeitos transbordam para a sociedade e se espraiam sobre todos nós”. Ricardo Rodrigues Cardozo ainda destacou: “Não importa a classe social, a riqueza que cada um dispõe, sua cor, sua raça, seu credo. Todos estão sobre a mira da Justiça”.
“O Brasil passa por um momento de ajustes, ajustes de conduta, ajustes morais, ajustes éticos. Ajustes que têm como protagonista principalmente o Sistema Judiciário”, declarou o desembargador Milton Fernandes de Souza, presidente do TJRJ.
O juiz Antonio Aurélio Abi-Ramia Duarte, coordenador editorial da revista da EMERJ; o juiz federal Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal e responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro; o professor Adán Carrizo Gonzáles-Castell, da Universidade de Salamanca; o procurador da República Eduardo El Hage, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro; e a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro “Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado” compuseram a mesa de honra ao lado dos desembargadores Elisabete Filizzola Assunção, primeira vice-presidente do TJRJ; Celso Ferreira Filho, segundo vice-presidente do TJRJ; e José Muiños Piñeiro Filho, presidente do Fórum Permanente de Direito Penal e Processual Penal da EMERJ.
“O Brasil está dando um exemplo para o mundo no combate à corrupção. O trabalho hoje de combate à corrupção é um dos trabalhos mais legítimos que o poder público tem feito em total sintonia com a vontade popular”, destacou o juiz Marcelo Bretas.
A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro “Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado”, apresentou uma visão comportamental do corrupto contumaz, que segundo a médica, é um psicopata. “Nem todo corrupto é psicopata, mas todo corrupto contumaz é um psicopata”.
“Psicopata não é doente mental. Psicopata é uma pessoa desprovida de afeto e sentimento. É uma incapacidade de ter empatia pelo outro. O outro é um objeto de uso para que ele tenha status, poder ou diversão. A grande diferença de um psicopata para as outras pessoas que cometem erros é que o psicopata não se arrepende. São os pedófilos contumaz, são os corruptos contumaz. Eles realmente não se arrependem. Não há nenhum sentimento de responsabilidade. Eles gostam de ser assim”, concluiu Ana Beatriz Barbosa Silva.
30 de novembro de 2018.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ.