Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro
Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro
Na abertura do webinar "Preservando a Autoestima e o Bem-estar em Tempos de Pandemia: O Direito à Felicidade“, o Fórum Permanente de Direitos Humanos exibiu o vídeo de inauguração da placa em homenagem a servidora pública da 7ª Câmara Cível, Vera Lúcia Lemos Duncan. A homenagem foi uma forma do Fórum se solidarizar com todas as pessoas que faleceram direita ou indiretamente pela Covid-19.
“Eu, como presidente do Fórum, gostaria de prestar esta solidariedade às pessoas que faleceram e a todas as pessoas que perderam entes queridos para a Covid. Eu me incluo pela perda de Vera e pelo sentimento de luto por pessoas que nem conhecia, mas me vinculo a elas por empatia. Este pequeno filme de inauguração da placa estará simbolizando e representando nossa solidariedade, praticando uma alteridade em que estamos compartilhando a dor da perda de pessoas amadas que não conseguiram superar as dificuldades trazidas com o próprio vírus ou em decorrência do vírus”, disse o desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa, presidente do Fórum, mestre em Direito pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) e em Cidadania e Direitos Humanos: Ética e Política pela UB/Espanha.
O evento ocorreu na tarde desta sexta-feira (07) e foi transmitido através das plataformas Zoom e YouTube.
A psicóloga Glícia Brazil, professora da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), da Pontifícia Universidade Católica (PUC/RJ) e do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), falou das emoções durante a pandemia: “A angustia e o medo são coisas distintas, a angustia é algo interno, mas profundo que nem nós temos consciência, ela diz respeito às questões mais inconscientes. Já o medo, pode ser um medo irracional como a fobia, há pessoas que tem fobia de morte e quem tem esse tipo de transtorno tem um nível de ansiedade tão grande que não consegue sair de casa, há pessoas que não saíram de casa até hoje”.
Glícia Brazil completa explicando que algumas ações que as pessoas tomam podem ser sinais de baixa autoestima: “Há uma síndrome chamada de síndrome da caverna, que tem a ver com a caverna de Platão. É aquele sujeito que vai se encavernando, entrando em algo escuro e fechado e ele não sai para ter contato com o mundo externo. Algumas pessoas ficaram tão confinadas que acabaram vivendo esse transtorno. Esse transtorno é muito ruim, pois gera um sujeito com muito medo e impotente diante das situações”.
“Muitas pessoas que já tinham uma tendência a ter depressão, entraram de cara nesse isolamento, e ficaram muito isoladas. A pandemia foi uma grande justificativa para quem já tinha uma predisposição para esses transtornos. Mas, isso tudo pode mudar, isso são sinais de baixa estima. O medo da rejeição, a timidez, se comparar com frequência com outras pessoas, procrastinação e preguiça em excesso são sinais de baixa autoestima e de deve-se procurar ajuda”, disse a psicóloga Glícia Brazil.
O professor Guilherme Sandoval Góes, examinou o perfil de evolução dos direitos humanos, desde a sua fase de afirmação filosófica até a atualidade: “A partir 2019, tivemos pela primeira vez na historia da evolução dos direitos fundamentais uma grande perspectiva de nós implementarmos a famosa fase de metaconstitucionalização dos direitos humanos. Ela pode parecer ainda uma fase utópica, mas nós já vemos elementos jurídicos que estão caminhando, de uma certa maneira, com a perspectiva da metaconstitucionalização. A criação de uma ordem de metaconstitucionalização dos direitos humanos transcendem as fronteiras do Estado nacional, pois a proteção será universalizada”.
Guilherme Sandoval é doutor em Direito Internacional e da Integração Econômica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), da Universidade Cândido Mendes (UCAM) e da EMERJ; e membro do Fórum Permanente de Direitos Humanos.
“O Direito à felicidade é um direito natural do homem, como é a vida e a liberdade, quando esses direitos são positivados em uma constituição eles deixam de ser direitos naturais e passam a ser direitos fundamentais. Quando os direitos naturais do homem são positivados em documentos internacionais eles se transformam em direitos humanos”, disse o professor Guilherme Sandoval.
A vice-presidente do Fórum, Lívia de Meira Lima Paiva que é doutoranda e mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGD/UFRJ) e Christiane Ducan de Siqueira, sobrinha de Vera Ducan, estiveram presentes do webinar.
Para assistir a este webinar completo, acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=wvLOL1EEjXM
07 de maio de 2021
Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)