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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



“Atendi inúmeros pacientes e nada deu errado. As pessoas foram muito gentis, valorizavam o atendimento”, afirmou médica em roda de conversa sobre telemedicina


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Com a pandemia do novo coronavírus, que aflige e preocupa a população mundial há 18 meses, a tecnologia foi, e continua sendo, o braço direito de muitas profissões, evitando que certos locais fossem pontos de aglomeração desnecessariamente. Dentre todas as áreas que precisaram se reinventar, uma foi fundamental para o equilíbrio, segurança e para saúde física ou mental: a telemedicina.


Para falar do assunto, a diretora-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), desembargadora Cristina Tereza Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida, realizou nesta sexta-feira, dia 24, via Facebook do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), a roda de conversa “Telemedicina: preciso falar com o médico!”, que contou com a participação da médica Maria Lucia Lessa Giordani, que atua em Assistência e Gestão da Saúde Pública e Privada. Ela é MBA em Saúde pela COPPEAD da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A entrevista fez parte do programa Justiça Cidadã, coordenado pela magistrada.


Telemedicina


“Medicina é a minha vida. É uma das coisas que eu penso quase que o dia inteiro. Além da minha experiência em gestão, o mais importante é a minha experiência na assistência, sempre foquei minha vida na assistência”, comentou a convidada, a médica Lucia Giordani, em sua apresentação.


A médica explicou sobre a telemedicina e sua necessidade durante a pandemia.


“A telemedicina é um ato médico complementar. A prática vinha sendo discutida há algum tempo, mas com a pandemia houve um relaxamento em todo o caminho que estava sendo feito para a regulamentação. Foi algo de urgência, o que foi realmente uma forma de ajudar o acesso de todos à saúde. A telemedicina, nessa regulamentação emergencial, passou a trabalhar na parte privada e pública”, explicou a médica.


A diretora-geral da EMERJ, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, falou da importância da troca de experiências entre os profissionais da saúde via telemedicina, assim como para os profissionais do Direito.


“A telemedicina permite que os profissionais da saúde falem uns com os outros, mostrando o momento de indecisão que os médicos também sofreram nesse período, pois há uma aura, assim como há para os juízes, de que nós sabemos de tudo e que nos bastamos por nós mesmos. Isso não é verdade. É importante vermos uma médica falar sobre o assunto, mostrando a necessidade de que os médicos façam trocas, assim como os profissionais do Direito”, disse a magistrada.


Trabalhando há um ano com o sistema on-line, a médica Lucia Giordani falou de sua experiência.


“Nesse um ano de experiência, posso dizer que a interação virtual foi muito boa, com uma aceitação maravilhosa. Atendi inúmeros pacientes e nada deu errado. As pessoas foram muito gentis, valorizavam o atendimento. A telemedicina nunca vai substituir a consulta presencial, mas podemos encaminhar os pacientes, filtrando quem deve ser atendido pessoalmente. Conseguimos, sim, examinar um paciente virtualmente, seja com ajuda de terceiros, parentes ou quem estiver junto, ou sem ele”, afirmou.


Vacinação e pandemia


Se o uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos são importantes e necessários para o combate contra a Covid-19, a vacinação é a arma mais poderosa para diminuir o número de casos, vítimas e hospitalizações.


Segundo dados compilados pelo Consórcio de Imprensa, composto pelo UOL, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo, G1 e Jornal Extra, o Brasil conta com mais de 144 milhões de pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina e mais de 84 milhões de pessoas completamente imunizadas, seja com a segunda dose ou então com a dose única.


Sobre a vacinação e sua importância, a médica Lucia Giordani afirmou: “Com a saúde não pode haver dúvidas quanto a pesquisa, a ciência, pois isso é o que norteia a medicina. Hoje, o mantra de todo médico é de que todos se vacinem. Não existe medicina sem ser baseada em evidências científicas”.


“Medicina é ciência; ciência é pesquisa. Ciência é mais do que dogma, é tudo comprovado, testado. Não são dogmas, achismos, ou mesmo ponderações religiosas. A ciência da medicina e da biologia, com seus profissionais, está dedicada a estudar essa pandemia da Covid-19”, completou a desembargadora Cristina Tereza Gaulia.


Justiça Cidadã


O programa Justiça Cidadã é composto por cursos de capacitação com duração média de 15 aulas ministradas voluntariamente por desembargadores, juízes, servidores públicos e promotores de justiça e abrange assuntos como Direito Constitucional, Penal, Civil e de Família; Código de Defesa do Consumidor; Estatuto da Criança e do Adolescente; funcionamento dos Juizados Especiais e outros temas relacionados à Justiça.


Com seu público alvo definido entre agentes multiplicadores (lideranças comunitárias, gestores sociais, membros de associações e participantes da sociedade civil organizada), que desenvolvam trabalhos comunitários voltados à melhoria da qualidade de vida das comunidades periféricas, o programa tem como objetivo fomentar a universalização e a democratização do direito de acesso à justiça com vista à promoção da paz social e a construção de uma sociedade mais justa, por meio de ações educativas direcionadas, além de incentivar a utilização de órgãos públicos para zelar e proteger os interesses dos cidadãos.



A transmissão está disponível no Facebook oficial do TJRJ e pode ser acessada pelo link: https://www.facebook.com/tjrjoficial/videos/1547515382277248




27 de setembro de 2021


Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)