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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Autoritarismo brasileiro é tema de estudo em 2º encontro de Fórum da EMERJ


Autoritarismo brasileiro é tema de estudo em 2º encontro de Fórum da EMERJ
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O Fórum Permanente de Antropologia e Sociologia do Direito da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) promoveu, na última segunda-feira, dia 30, em sua 2ª reunião, o webinar “O autoritarismo brasileiro”. O evento foi realizado via plataforma Zoom e também teve transmissão no YouTube.


Na abertura do evento, o diretor-geral da EMERJ, desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade, comentou:


“A respeito do autoritarismo, eu diria que não é algo exclusivo do Brasil, embora esteja muito presente por aqui, mas percebemos que há um crescimento disso e uma onda de populismo pelo mundo. Sem dúvida nenhuma, isso causa uma fissura dentro do sentimento de democracia. O autoritarismo não lida bem com a democracia e vice-versa. Queremos indagar isso: de onde vem o autoritarismo?”.


Participaram do encontro a pesquisadora e presidente do Fórum, Izabel Saenger Nuñez, que mediou o encontro e distribuiu perguntas e a professora Lilia Moritz Schwarcz, palestrante.


Assim como o diretor-geral da EMERJ, desembargador André Andrade, a professora Lilia Moritz falou a respeito do crescimento do autoritarismo no cenário mundial.


“É necessário entendermos o crescimento do autoritarismo no Brasil, sim, mas isso é um cenário mundial. Começamos e enxergar isso em 2016, com o crescimento que se espalhou nos Estados Unidos, Polônia, Israel, Hungria, dentre tantos outros. Hoje, percebemos que são governos que não têm se dado bem na administração da pandemia, e isso não me parece uma coincidência. São governos mais pautados no populismo e no carisma e que não sabem cuidar da população”, disse.


Ao abordar racismo e preconceitos, a palestrante comentou:


“Durante muito tempo, só quem sentiu o desconforto foi a população negra, e é muito importante que nós também sintamos isso. O desconforto é produtor, pois quando nos sentimos muito confortáveis acabamos nos acomodando, e por muito tempo ficamos em nossos lugares de privilégios. O racismo nos toma mesmo sem percebermos. Durante muito tempo, desde quando o Brasil não era Brasil, os negros já se sentiam fora do seu lugar”.


Para assistir à transmissão completa do encontro, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=Fnadtci4cNE&ab_channel=Emerjeventos



01 de Dezembro de 2020