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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Desembargador Marcus Faver é homenageado pela EMERJ


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Na tarde da última quarta-feira, 21 de agosto, a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, por meio do diretor-geral da EMERJ, desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade, homenageou o desembargador e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Marcus Faver.

Foi inaugurado, na Galeria dos Conferencistas Eméritos da Escola, um retrato do magistrado como símbolo de admiração e respeito. Entre magistrados, advogados, amigos e familiares de Marcus Faver, conduziram a solenidade de homenagem o diretor-geral da EMERJ, desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade; o presidente do TJRJ, desembargador Claudio de Mello Tavares; e os advogados Bernardo Cabral e Sergio Bermudes.

“Um grande humanista. Um exemplo para todos nós. Admirável jurista e professor. Grande conhecedor do processo civil e também grande conhecedor do cancioneiro popular. Nos seus discursos, sempre mencionava uma música popular brasileira, trazendo uma nota de humanidade e de leveza a, muitas vezes, discursos pesados. Aprendi com ele a fazer essa interseção entre o Direito e a cultura em geral. Tive o privilégio de trabalhar ao lado dele, e foi uma escola para mim”, destacou o diretor-geral da EMERJ, desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade, que foi juiz auxiliar na gestão do desembargador Marcus Faver, como presidente do TJRJ.

O presidente do TJRJ, desembargador Claudio de Mello Tavares, agradeceu ao diretor-geral da EMERJ pela iniciativa de homenagear o magistrado. “Gostaria de destacar a nobreza de espírito do desembargador André Gustavo. Certa vez, ele me disse que pretendia resgatar a história de muitos que por aqui passaram, mas que não possuíam o devido reconhecimento. E o desembargador Marcus Faver merece todas as nossas homenagens. Ele fez uma gestão profícua à frente do Tribunal e merecidamente está sendo reconhecido”, afirmou.

“O admiro desde os tempos que Marcus Faver era juiz da 1º Instância. Ele se projetou entre os seus pela sabedoria, compostura, seriedade e envergadura moral. A homenagem é devida, é um reconhecimento”, disse Sergio Bermudes.

Bernardo Cabral, amigo do homenageado há mais de 40 anos, definiu Marcus Faver como um cidadão idealista. “Morre por um ideal ao invés de ficar olhando para uma esperança. O homenageado foi um marco na história da Justiça estadual”.

Marcus Faver agradeceu a homenagem e considerou: “Essa solenidade me comove, nesse momento em que estou afastado do Tribunal há quase uma década. Eu tenho muito respeito, simpatia e fervor pela EMERJ, porque ela é fruto do idealismo, da vontade de bem servir. Nessa Escola, o juiz estadual recebe seus primeiros ensinamentos”.

“Começaria tudo outra vez se preciso fosse. Nada foi em vão”, disse o homenageado que encerrou sua fala recitando as frases:

“Não há salvação para o juiz covarde. Abomine os processos frios, sem alma e sem coração. Decida sempre como se fosse a sua vida. Creia no amor e acredite mais na intenção. Cuide do homem e não do papel”.

História

Marcus Faver presidiu o TJRJ no biênio 2001-2002 e o TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) de 2003 a 2005. Ele atuou como magistrado por 41 anos. Faver formou-se em 1963 pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1981, concluiu o mestrado em Direito pela Puc-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro).

Natural de Cantagalo, município na região Centro Fluminense, o desembargador atuou como advogado e professor no município de Miracema (Noroeste Fluminense), onde exerceu dois mandatos eletivos de vereador (1962-1966 e 1966-1969).

Em 1969, ele ingressou na magistratura por concurso público. Em 1983, foi nomeado como juiz do Tribunal de Alçada Cível, sendo promovido a desembargador, em 1993. Atuou como conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de 2005 a 2007. Faver ainda presidiu o Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil.


22 de agosto de 2019