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R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 20, n. 78, p. 227-252, Janeiro/Abril 2017

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países no

ranking

da Organização das Nações Unidas para a Educação, a

Ciência e a Cultura – UNESCO - em 2011, estando entre os de nível “médio”

de desenvolvimento em educação, atrás do Equador e Bolívia, e tendo apenas

uma universidade entre as cem melhores do mundo.

Contudo, o legado da Olimpíada na esfera escolar já dá sinais de fra-

casso, pois o Governo Federal desprestigia a disciplina Educação Física no

currículo do ensino infantil e fundamental e torna a sua prática facultativa

ao aluno, contrariando o olimpismo e em sentido oposto às políticas educa-

cionais dos países com educação de qualidade, como Estados Unidos e países

da Europa, onde a Educação Física é matéria obrigatória. Como se não bas-

tasse, a sua decisão foi por Medida Provisória (MP 746/2016), dispensando

discussão prévia com a sociedade, numa gestão participativa.

O Brasil ainda é um país marcado por desigualdades sociais, altos

índices de violência, baixo rendimento escolar e tantos outros problemas

sociais que afetam especialmente jovens em idade escolar, sendo certo que

o desporto escolar norteia uma melhora da qualidade do ensino através de

diretrizes que possibilitam uma

práxis

educativa inovadora. Por conseguinte,

compreende-se que o espaço escolar não deve ser apenas um reprodutor do

conhecimento, mas também um propiciador da transformação pessoal e so-

cial, o que implica relacionar a filosofia do Olimpismo diretamente à ação

política pedagógica dos educadores.

Por fim, ter um bom desempenho nas olimpíadas é deveras importan-

te para um país, pois contribui para a efetivação da dignidade humana por

meio da educação desportiva. Como já dito, o desporto de alto rendimento

serve como propulsor ao escolar, ou de base, este responsável por formar o

cidadão, socializar, ressocializar e profissionalizar pessoas, especialmente as

crianças, adolescentes e jovens que se encontram em situação de risco social,

garantindo a todos uma existência digna, livre e igual.

3.3 Os jogos paralímpicos

Os Jogos Parapan-Americanos e os Jogos Paralímpicos de Verão mere-

cem destaque, pois a perspectiva social de deficiência física carece de discus-

sões sobre o modo como as PCD estão inseridas nos diferentes espaços so-

ciais. Por isso, é preciso analisar como é feita a inclusão social dessas pessoas.

Desde o final do século XX a sociedade se deu conta de que as PCD

ainda não estavam incluídas nos meios sociais, carecendo de transformações