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R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 9-11, jan - fev. 2015

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Andréa Pachá

,

Isabel Coelho

,

André Nicolitt

e

João Batista Damasceno

.

O seminário também sediou a audiência pública “Sociedade Brasileira (In-

ternações Compulsórias, Remoções Arbitrárias, Prisões Desnecessárias,

Afastamento  de Garantias , etc.): Sintomas de Fascismo”, mediado pelo

representante do Instituto de Estudos Críticos do Direito e do Instituto

dos Advogados Brasileiros,

Fernando Máximo Drummond

.

Agora, no momento em que a administração do Des. Sérgio de

Souza Verani na EMERJ se encerra, esta edição especial da revista da

EMERJ serve para relembrar a importância de resistir. Resistir às pres-

sões políticas e tentações totalitárias. Resistir em nome do projeto cons-

titucional de vida digna para todos.

Esta edição especial da Revista da EMERJ é dedicada a uma resis-

tente: a defensora pública do Estado do Rio de Janeiro

ELIETE COSTA SILVA

JARDIM

, que generosamente apresentou um de seus textos à publicação.

Eliete viveu muito em tão pouco tempo. Aprovada em primeiro lugar no

concurso para Defensoria Publica, Eliete deixou a carreira do Ministério

Público de Contas para abraçar a missão com a qual se identificava. Na

Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, foi a primeira (e até agora

única) Defensora Publica substituta eleita para o Conselho Superior da

quela instituição. Fez uma carreira independente e combativa. Respeitada

e admirada por sua atuação incansável e corajosa, Eliete trazia sempre

uma impressionante alegria que a todos contagiava.: ousou resistir ao

crescimento do Estado Policial e desvelou as violações de direitos da po-

pulação fluminense que se escondiam nas “razões de Estado” apresenta-

das pelo Executivo. Lutou e foi uma das protagonistas do movimento que

impediu a transformação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janei-

ro em ummero órgão de execução dos projetos autoritários dos eventuais

detentores do poder político. Resistiu sempre, e sempre, em nome da

democracia. Obrigado, Eliete.

Eliete foi um exemplo que nunca será apagado da memória daque-

les que com ela conviveram.