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R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 9-11, jan - fev. 2015

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Apresentação

Resistência Democrática

RUBENS R. R. CASARA

Juiz de Direito do TJ/RJ, Doutor em Direito, Mestre

em Ciências Penais e Membro do Conselho Consulti-

vo da EMERJ.

Resistir, por definição, é não ceder. A

resistência democrática

cons-

titui uma força que se opõe ao autoritarismo, aos modelos que acreditam

no uso da força em detrimento do conhecimento e ao processo de des-

simbolização que faz com que todos os valores sejam substituídos pelo

valor “mercadoria” e as pessoas sejam tratadas como objetos.

Na atual quadra, em que permanências autoritárias se somam a

novas expressões de fascismo na sociedade, surgiu a convicção de que

resistir em defesa da democracia entendida como participação popular

na tomada de decisões e respeito incondicional aos direitos humanos, é

um imperativo e um dos objetivos da educação. A partir dessa premissa,

a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) pautou a

gestão que se iniciou em 2013. A proteção máxima dos Direitos Humanos

constitui um compromisso ético do juiz (Código de Ética da Magistratura

Nacional - art. 32).

Na gestão democrática desenvolvida pelo Des. Sérgio de Souza Ve-

rani, entre erros e acertos, todos aqueles magistrados que quiseram con-

tribuir à construção de um saber plural tiveram espaço garantido. Todas

as expressões de pensamento foram respeitadas (assim, para citar exem-

plos, foram realizados eventos contra e a favor da legalização do aborto,

da descriminalização das drogas etiquetadas de ilícitas, etc).

O Seminário “Resistência Democrática: diálogos entre política e

justiça”, realizado entre os dias 15 e 17 de maio de 2013, marcou o iní-