Background Image
Previous Page  7 / 190 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 7 / 190 Next Page
Page Background

R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 71, p. 7-9, set-out. 2015

7

Apresentação

Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho

Desembargador e Presidente do TJERJ

Honram-me o Diretor da Escola da Magistratura e o Diretor da Re-

vista da EMERJ, amigos e Desembargadores Caetano da Fonseca Costa e

Nagib Slaibi Filho, com o convite para apresentar a edição de nº 71 des-

te que é um repositório – a um só tempo clássico e sintonizado com a

atualidade – das mais argutas reflexões sobre a aplicação jurisdicional do

Direito, o direito processual e as questões institucionais e deontológicas

que tocam a todos os magistrados. Dado o generoso ensejo, cabe-me cor-

responder à expectativa de, diante da profundidade e da extensão dos

assuntos aqui tratados, bem como de sua importância e, por último mas

não menos importante, diante da recomendação machadiana de jamais

cansar os leitores, contextualizar e introduzir, com brevidade, a significati-

va produção intelectual aqui enfeixada.

Mais do que em qualquer outro momento nas últimas quase três

décadas, o Judiciário de hoje se apresenta à sociedade brasileira como

duplo bastião republicano. Seja pela garantia do Direito democraticamen-

te estabelecido, nas lides ordinárias, ou pela arbitragem jurídico-consti-

tucional de conflitos institucionais de caráter particularmente virulento,

que a todos chocam em seu desenrolar imprevisível, juízes e Tribunais

têm se colocado como referência, em suas decisões, para os que anseiam

a constância de uma vida coletiva em que se respeitem os direitos e na

qual estes não sejam vergados pelos abusos dos poderosos – que seria

redundante chamar de ilegítimos. Chame-se a isto ampliação da ação ju-

dicial ou mesmo judicialização da política, não é de se estranhar que, hoje,

algumas das mais importantes reflexões sobre o Direito tenham o Judi-

ciário como pano de fundo, e que provenham daqueles que nele atuam

cotidianamente. A justiça e seus caminhos – que sempre importaram aos

juristas, diga-se – estão, como nunca, ao centro do interesse e das preo-

cupações dos estudiosos do Direito.