Revista Magistratus - Número 2 - Setembro 2017
13 2017 Revista Magistratus A organização não governamen- tal Transparência Internacional criou o mapa da corrupção, que analisa 176 terri- tórios, leva em consideração a percepção da população em relação aos servidores públicos e aos políticos, e apresenta um ranking cuja pontuação vai de zero a 100, considerando zero extremamente cor- rupto e 100 o mais transparente. “O Bra- sil neste ranking, que poderíamos chamar de ranking da honestidade, ocupa o 79º lugar, com 40 pontos, empatado com a China e a Índia”, ressaltou o procurador ao apresentar o mapa durante a palestra. Dallagnol citou o exemplo de Hong Kong, uma região que conseguiu vencer os altos índices de corrupção. Nos anos 70, o então território britânico *Fonte: Transparency International MAPA DA CORRUPÇÃO vivia uma situação de corrupção sistêmi- ca que envolvia o governo, o sistema de Justiça, empresas e a própria população. Entre as medidas tomadas para resolver o problema estava investir em educação e prevenção, não apenas em punição. “Hoje, Hong Kong está na posição 15 no ranking. É um dos mais honestos”, disse o procurador. P : - corrupto + corrupto 1. Nova Zelândia e Dinamarca 3. Finlândia 4. Suécia 5. Suíça 6. Noruega 7. Cingapura 8. Holanda 9. Canadá 10. Alemanha 15. Hong Kong 79. Brasil PERCEPÇÃO DE CORRUPÇÃO 2016 O procurador encerrou a palestra com um pedido para que a sociedade não per- ca a capacidade de buscar a justiça: “Não desistam. Lutar contra a corrupção é lutar pelo nosso país, é lutar pelas pessoas que nós mais amamos na face da Terra. Que todos nós possamos construir juntos um país melhor. Precisamos aban- donar a posição de vítimas do nosso passado para sermos autores da nossa história”. O coordenador da Operação Lava Jato ainda citou Nelson Mandela: “Sempre parece impossível até que seja feito”. Lutar contra a corrupção é lutar pelo nosso país.
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