Revista da EMERJ - V.25 - n.1 - Janeiro/Abril - 2023
R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 198-215, Jan.-Abr. 2023 213 inesgotável de aumentar e aprimorar as informações, isto é, o conhecimento e o know-how . Seguem-se alguns singelos exemplos e comparações de bons e não tão bons sistemas de gestão da qualidade vivenciados pelo autor: • Pelo menos limitado à Europa Ocidental e aos EUA, os cru- zamentos de vias em nível em vias rodoviárias possuem tantos sinais de trânsito quanto a segurança do tráfego assim o requerer. Nunca vi um único farol queimado nem mal posicionado nesses lugares. É um bom exemplo de or- dem e qualidade no trânsito, que implica em maior segu- rança e escoamento da logística na economia. • Como contraexemplo, na cidade do Rio de Janeiro, a se- gunda maior do Brasil, é raro encontrar um conjunto de sinais de trânsito corretamente posicionado e com todos os seus faróis operando. É o retrato da má gestão e da falta de ordem, das quais decorrem insegurança, desnecessárias perdas de vida e notável perda de tempo e de recursos. Portanto, é um exemplo de desordem. • Em termos mais gerais, quando há ordem no planejamen- to urbano, tudo se torna mais fácil, os serviços essenciais têm maior probabilidade de bem funcionar, gerando bem- -estar, segurança e menor custo de logística e de manuten- ção. Quando a desordem urbana impera, tudo fica mais di- fícil e mais custoso. Não se percebe ambiente de bem-estar, há aumento da violência e maiores custos de manutenção. • Na física, o fluxo laminar tem ordem, enquanto nos flu- xos turbulentos impera o caos, a desordem. Daí a limita- ção de melhoria da eficiência no atual transporte aéreo comercial. Explica-se: em razão de o fluxo de ar, após per- correr parte da fuselagem do avião, tornar-se turbulento, aparece arraste (resistência ou drag ) e, por consequência, perda de eficiência energética e aumento do consumo de combustível, com maiores danos ao meio ambiente. Ain- da não há uma solução satisfatória para essa limitação. • Não há país rico e desenvolvido cuja sociedade despreze a ordem, que é a base para estabelecimento e cumprimento das regras estabelecidas, previsibilidade e ambiente favorá- vel a negócios.
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