Revista da EMERJ - V. 24 - N. 2 - Maio/Agosto - 2022
R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 202-216, Mai.-Ago. 2022 202 Meio Ambiente e Cidades Resilientes 1 Reflexões sobre o Desastre em Petrópolis no Ano de 2022. Zilda Januzzi Veloso Beck Promotora de Justiça, em exercício na 1ª. Promotoria de Tutela Coletiva de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Pós-graduada em Responsabilidade Civil e Direito do Consumidor pela Universidade Estácio de Sá. Pós- -Graduada em Direitos da Criança e do Adolescente pelo Instituto Superior do Ministério Público do Es- tado do Rio de Janeiro. 1. INTRODUÇÃO Nos dias 15 de fevereiro de 2022 e 20 de março de 2022, a cidade de Petrópolis foi impactada por dois eventos climáticos extremos, deflagrados por chuvas intensas, que resultaram em desastres de causas naturais sem precedentes na história da cida- de em termos de números de mortos e de afetados. Não bastasse o cenário caótico gerado pelos desastres em questão, as pesquisas difundidas são no sentido de que as mu- danças climáticas irão gerar fenômenos cada vez mais extremos em intervalos menores de tempo (recorrência) 2 . Como se prepa- rar para esses eventos extremos? Como construir uma cidade ca- paz de suportar as consequências das mudanças climáticas? Um dos caminhos, sem dúvida, é a busca da resiliência. 1 Este artigo é uma versão do que foi abordado no seminário ocorrido no dia 09 de maio de 2022 “REPER- CUSSÕES JURÍDICAS DA TRAGÉDIA EM PETRÓPOLIS”, evento realizado de forma remota pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da Universidade Católica de Petrópolis. 2 Disponível em: <http://mudancasclimaticas.cptec.inpe.br/ >
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