Revista da EMERJ - V. 22 - N.2 - Maio/Agosto - 2020

 R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p. 179 - 203, Maio-Agosto. 2020  198 Gráfico 02 : A adoção de crianças e adolescentes por casais homoafetivos acarreta algum prejuízo ao adotado? Fonte: Pesquisa realizada entre os dias 15 a 30 de outubro de 2017. De acordo com o Gráfico 2, percebe-se que 74,2% (setenta e quatro vírgula dois por centro) dos entrevistados que responderam à pergunta consideraramque o fatode crianças e adolescentes serem adotadas por casais homoafetivos não ocasiona qualquer problema ao adotado. Para 25,8% (vinte e cinco vírgula oito por cento), esse tipo de adoção causa prejuízos às crianças e aos adolescentes. Logo após a segunda pergunta, foi proposto aos entrevis- tados que representam o universo daqueles que acreditam haver prejuízo na adoção por casais homoafetivos que descrevessem quais os prejuízos causados a essas crianças e adolescentes. As respostas foram as mais diversas. Dentre as quais: “Falta de re- ferência psicológica da mãe/pai ” (sic); “ Talvez, psicossociais. Por pre- conceitos e indiferenças de outras pessoas ” (sic); “ Ele vai ser induzido a ser gay e Deus não concorda com isso ”; “ Formação de um monstro ”; “ Interferência na vida sexual e afetiva da criança ou adolescente ”. Ao longo da realização deste trabalho, verificou-se que, apesar da adoção por casais homoafetivos ser uma realidade cada vez mais aceita pela sociedade contemporânea, ainda há muita resistência. Principalmente quando se pressupõe que a criança ou adolescente adotado por casal homoafetivo pode so- frer algum tipo de dano ou prejuízo.

RkJQdWJsaXNoZXIy NTgyODMz