Revista da EMERJ - V. 22 - N.1 - Janeiro/Março - 2020
R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 220 - 248, Janeiro-Março. 2020 221 e monitoramento estatal são falhos e não conseguem coibir as atividades criminosas na velocidade necessária. O volume econômico das atividades e a transnacionalidade impressionam, a destacar as atividades do Primeiro Comando da Capital em transações entre Bolívia e Paraguai com o escoamen- to das drogas pelos principais portos brasileiros, o que denota que a política externa brasileira é frágil e a organização interna do Estado Democrático Brasileiro está muito aquém da discipli- na do crime organizado. ABSTRACT Organized crime, especially criminal factions, has access to Brazilian borders for the free circulation of illicit substances such as marijuana, cocaine and other drugs. State control and monito- ring are flawed and fail to curb criminal activity at the required speed. The economic volume of the activities and the transnationa- lity impress in particular on the activities of the First Command of the Capital in transactions between Bolivia and Paraguay with the flow of drugs by the main Brazilian ports, which indicates that the Brazilian foreign policy is fragile, and the internal orga- nization of the Brazilian Democratic State falls far short of the discipline of organized crime. Palavras-chave : Crime Organizado; Política Externa; Es- tado Democrático de Direito. Key Words : Organized crime; Foreign policy; Democratic state. 1. INTRODUÇÃO O Governo Federal relutou para reconhecer a existência das facções criminosas. Na maior cidade da Federação, São Pau- lo, mesmo diante das ações do Primeiro Comando da Capital, que impactaram a população em dois momentos com maior gra- vidade: primeiro, em 18 de fevereiro de 2001, quando da megar- rebelião em 29 presídios do Estado, por ser dia de visita, perto de
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