Direito em Movimento - Volume 18 - Número 2 - 2º semestre/2020

10 Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 18 - n. 2, p. 9-12, 2º sem. 2020 perspectivas plurais do conhecimento, buscando demonstrar as intersecções, interfaces e diálogos necessários ao aprimoramento de qualquer ciência nas suas respectivas áreas de pesquisa, máxime da área do Direito. Um periódico sempre tem múltiplos condutores. Talvez seja essa a diferença entre ele e obras individuais, e por isso uma profusão de argu- mentos, análises e ponderações diversas estão contidas nas páginas que se seguem. Platão nos ensina que “a coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento”, e é esse caminho que trilhamos ao publicar o volume 18 do 2º semestre de 2020 da Revista Direito em Movimento. Apresentamos inicialmente o texto de Alexandra Barbosa de Godoy Corrêa, que faz reflexões necessárias e importantes no artigo “Patentes e acesso a medicamentos: uma colisão de direitos fundamentais”, apontando questões sensíveis ao direito constitucional e ao direito civil brasileiro. Com olhos voltados para a proteção da vida na terceira idade, Camila Rabelo de Matos Silva Arruda expõe “As políticas públicas de assistência social para a proteção ao idoso”, mostrando o quão essencial é a construção de políticas públicas conscientes para o atendimento e a proteção desse grupo vulnerável. Adiante, o artigo intitulado “Grupos Reflexivos para Autores de Violência contra a Mulher” traz resultados da pesquisa de Doutorado em Psicologia no PPGP/UFRJ de Cecília Teixeira Soares, em coautoria com Hebe Signorini Gonçalves, mostrando a importância da atenção pontual a ser dedicada ao homem agressor na difícil rede de violência contra a mulher. Contamos ainda com a análise cultural e histórica de Gabriel Cer- queira em “Juristas e o periodismo acadêmico: notas teórico-metodoló- gicas para uma sociologia histórica do direito (Brasil, 1889-1930)”, em que o autor aponta a importância dos periódicos jurídicos como espaço de permanência e reprodução de ideias, podendo ou não trazer estra- tégias de diferenciação nas ideias e conceitos que circulam no campo intelectual hegemônico. Ainda nesta edição, com uma proposta bastante provocadora, a leitura de “(Trans)formações: do mictório à constituição” nos faz estranhar como

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